Geopolítica Provinciana Angolana: Conferencia de “Paz”

Cesar reduziu isto a uma questão sentimentos feridos, com um JLO Afrocrata a defender a honra de seus “colegas de raça negra”, o que esta muito longe da verdade, mas esta próximo da tradição de Geopolítica Provinciana Angolana.

JLO advoga por uma solução negociada, não pode ir a conferencia de paz sem a Russia estar presente.

Russia não foi convidada para a “Conferencia de Paz” de Zelensky e esta define “paz” como vitoria militar da Ucrania, sendo por isto uma conferencia de aliados na busca de uma derrota militar de Moscovo que traga “paz” , o que JLO não pode aceitar pois advoga uma paz negociada que incluiu a Russia.

Ao discursar na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, João Lourenço disse que há que “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO”.

Mais um exemplo de geopolítica provinciana Angolana.

POR QUE JOÃO LOURENÇO REJEITOU O CONVITE DE ZELENSKY?
JLO disse “NÃO” ao convite de Zelensky, mas…
Bem, Zelensky está a realizar uma série de conferências, as denominadas “Conferências da Paz”.
Com essas conferências, ou melhor, nestas conferências, Zelensky convida os seus amigos para discutir assuntos relacionados com a injustificável invasão da Rússia à Ucrânia.
Com isso, Zelensky pretende apresentar a sua visão e ganhar a simpatia do mundo e, consequentemente, conseguir apoio.
Foi com esta intenção que Zelensky convidou o presidente de Angola, João Lourenço, porque Zelensky sabe que, à partida, o presidente angolano, JLO, tem dado sinais claros de que já não está alinhado com o seu aliado de longa data, a Rússia.
E, sim, de facto, Angola de João Lourenço afastou-se da Rússia – e ainda bem.
Mas Zelensky esqueceu-se das ofensas que o seu governo fez aos líderes africanos.
Foi em 2023, quando a União Africana (UA) enviou a “Troika” – órgão da UA que trata dos assuntos da paz em África.
Naquele ano, a UA investiu muitos recursos e enviou uma equipa com os presidentes da África do Sul, da Zâmbia, do Quénia e o então presidente da União Africana (UA), o mr. Azali Assoumani.
Essa equipa foi até à Ucrânia, apresentou a solidariedade dos povos africanos aos ucranianos e também um projeto de paz e, depois, passou pela Rússia e disse a Putin: “Chega”.
Mas, dias depois, o amigo direto de Zelensky, quando questionado sobre a visita dos líderes africanos à Ucrânia, não hesitou e disse: “Eles não entendem nada sobre isso, eles vieram pedir comida”.
Foi uma grande falta de respeito à soberania das nações africanas, como sempre.
E claro, os líderes ouviram, analisaram, mas não quiseram levantar muita poeira em volta do assunto, com a exceção do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que, dias depois, deu um “reto” verbal a Macron: “Nós não estamos aqui para mendigar, respeitem-nos!”
É nessas condições que JLO aproveitou para dizer “NÃO” ao convite de Zelensky.
JLO mostrou a Zelensky que: “Ele não está com a Rússia, mas também não são amigos”. Apenas isso.
“E até lá, estou-me nas tintas”.

César Chiyaya, @cesarchiyaya no Twitter (X)

O publico alvo, de crânio leve, apreciou a analise:

O encontro do JLO com a diáspora

O encontro do JLO com a diáspora

Não há incoerência, pelo contrario, é necessário ter boas relações em privado para transformar o activismo em carreira política, ao mesmo que tens que ser um critico sem tréguas para construir tua credibilidade em publico.

O encontro do JLO com a diáspora, em Abril de 2024, que inclui membros da elite “oposicionistas”, causou um choque nas pessoas de persuasão, que habituados a ver seus heróis a fazer um discurso em que o presidente é uma pessoa malvada, não entende que os mesmos aceitaram o convite para uma festa com o presidente.

Como a posição de activista e crítico virou uma forma de promover a sua carreira política, faz sentido que a dureza do discurso público esteja aliado a cortesia do discurso privado, afinal um activista ou ultrapassar um militante de carreira e ganhar um lugar de deputado, então tem que deixar aberta a porta para que possa ser feita uma transferência na altura certa.
Este truque funciona até mesmo nos partidos de oposição, em que um Nuno Álvaro Dala conseguiu ultrapassar vários militantes da UNITA com décadas de militância, sem ter de se submeter a disciplina partidária.

O que Portugal fez por Angola

O que Portugal fez por Angola.

Foi triste ouvir o presidente JLO a repetir retórica de estilo Afrocrata, dizendo que “[nos do MPLA] fizemos mais em 50 que o Colono fez durante 500 anos, eles deixaram brinquedos em comparação com o que fizemos”, sendo necessário repor-se os factos.

Primeiro, os Portugueses não “colonizaram Angola durante 500 anos”, tendo controlo de todo o território de 1914 a 1974, ou seja um período de 60 anos, dentro do qual foi quase tudo o que define a Angola moderna. Convido as pessoas a visitarem a página Luanda do antigamente para saberem se foram construídos brinquedos. A estrada da serra da Leba, as grandes cidades modernas em todo território, o caminho de ferro de Benfica, e muito mais.

Segundo, antes de 1888 a presença Portuguesa se limitava a Luanda e Benguela, com parte das províncias do mesmo nome, que serviram de plataformas de comércio, exportação e importação, onde convergiam caravanas vindas do território que viria a ser Angola. A população Africana e Portuguesa era pequena, e não precisava se construir muito, porém ainda assim construir maravilhas como a Fortaleza de São Miguel e a Igreja Maria Pia.

Terceiro, além do legado material, Portugal nos deixou um legado cultural e político valioso, quando construiu um território coerente, unido por língua e cultura comum.

O legado cultural é expresso na língua, que permite a comunicação em todo o território sem criar sentimentos de sujeição, que poderiam ocorrer se Ambundus fossem obrigados a falar Ovimbundu, como acontece no Congo Democrático, nosso vizinho.

O legado político é expresso no direito de todo Angolano de transitar e se albergar em todo o território sem temer as arbitrariedade de potentados locais. Pois antigamente as pessoas perdiam seus direitos políticos e culturais quando fora de sua zona étnica, tendo de se assimilar ou usurpar o poder local. Até o Rei Congo deveria fazer rituais anuais para pedir autorização para residir em algumas das localidades que conquistou, enquanto que caravanas de mercadorias eram sujeitas a toda a sorte de chantagens ao longo de seu percurso, como acontece no Congo Democrático, nosso vizinho.

A retórica Afrocrata é  nociva porque não tem como objetivo descrever a realidade, mas sim criar e intensificar sentimentos de ódios de modo a permitir a ascensão dos Afrocrata a um poder, seja este cultural ou político, sendo que muitas vezes acaba defendendo teses contraditórias, resultando em uma diminuição da inteligência total da sociedade. A divulgação desta ideologia pelo nosso presidente é mais uma derrota da inteligência nacional, não sendo uma coincidência que a UNITA e a Isabel dos Santos, recentemente, tenham discursos do mesmo teor, pois virou senso comum entre os angolanos.

Claro que a independência política de Angola é valiosa e sua conquista foi necessária, porém o preço pago por todos foi demasiado alto, e incapacidade de fazer melhor nos obrigada a negar a existência do passado, por pura vergonha. O perigo de não se aceitar está verdade, que é muito difícil construir, é se passarmos pelo mesmo caminho por conta da arrogância revolucionária que destrói tudo porque acha que é fácil construir algo melhor. Já imagino um presidente da UNITA dizendo, em 2050, que seu fez mais por Angola em 4 anos do que o MPLA em 70 anos …

Na qualidade de líder político, não deveria dizer às pessoas apenas o que elas querem ouvir, como neste caso, mas também tem de dizer a verdade de modo a servir de exemplo aos que poderiam se acovardar, como aconteceu quando disse, de maneira acertada que “pobreza não é desculpa para criminalidade”. Pela positiva, movidos pelo seu extremismo, talvez os anti-JLO se sintam obrigados a ter uma visão positiva do período colonial só para não concordar com o JLO.

Sobre os presentes aos Jogadores da Seleção Nacional de Angola.

Sobre os presentes aos Jogadores da Seleção Nacional de Angola.

No encontro com a juventude angolana, alguém perguntou ao Presidente JLO o que faria sobre a suposta falta de apoio ao desporto nacional, sendo que este respondeu que o apoio ao desporto tem que ser feito pelo setor privado, por meio de empresas que patrocinem os jogadores e as equipes, porem teve de parar a explicação neste momento, obviamente porque ele tinha um tempo limitado, mas eu vou tentar desenvolver. Por deveria se usar o incentivo privado para o desporto ? Porque permite uma ligação transparente e duradoura entre o desempenho dos atletas e seus adaptos, pois os atletas têm um incentivo de mostrar resultados para criar uma imagem positiva a qual as empresas vão querer se associair, por meio de patrocínios, sendo que os os adeptos têm a oportunidade de mostrar que a sua paixão pela sua equipe é sincera. Como? Apoiando as empresas que patrocinam os altetas ou comprando merchandising, comprando os produtos das próprias empresas, por exemplo a Lacatoni, a empresa de moda. Se gostaste do desempenho da Seleção Angolana, compra equipamento da Seleção dos Palancas Negras da Lacatoni, compra alguma coisa da Lacatoni para mostrar o teu apoio.

Ou seja, esse sistema permite que haja transparência e permite sinceridade, tanto nos patrocinadores como nos jogadores, como no público. Porque a alternativa que é simplesmente o apoio público ilimitado não tem transparência e não tem sinceridade. É fácil você dizer que você apoia os Palancas Negras e que deveria se dar, sei lá, um milhão de dólares para cada jogador quando aquele dinheiro não sai do teu bolso.

É fácil você ser generoso com o dinheiro do outro. Então, enquanto que se você tiver que comprar algo do patrocinador, você está a ter um contributo sincero. O que aconteceu com o presente do BAI, dos 5 milhões de kwanzas em caso de vitória contra a Namíbia, foi uma forma incompleta deste apoio.

Por que eu digo que é uma forma imperfeita? Porque você veja, algumas pessoas estavam aí até uns fazendo piada, mas outros falando seriamente que o BAI teria um prejuízo por causa dos quase 200 milhões de Kwanzas que teria que pagar aos jogadores e aos membros da equipe técnica por conta dessa promessa. Só que as pessoas que dizem isso simplesmente não são informadas ou são pessoas que porque na sua vida pessoal mil Kwanzas é muito dinheiro, eles pensam que mil Kwanzas é muito dinheiro para todo mundo. Do mesmo jeito que é mal um rico não conseguir perceber que haja alguém que tem uma vida diferente por ser pobre, o inverso também não é salutar.

Porque o BAI gastou, creio que foram 3,5 mil milhões de Kwanzas em publicidade no ano de 2022. E eu creio que ninguém se lembra de uma campanha publicitária que o BAI fez em 2022. Porém, eu tenho a certeza que até 2040 as pessoas vão se lembrar que naquele jogo em que a Angola pisou a Namíbia o BAI ofereceu 5 milhões de Kwanzas a cada jogador.

Então, você vê que os 200 milhões de Kwanzas é um preço baixo pela fama que o BAI vai ganhar com esse desempenho. Mas aí está o problema, que é o seguinte, você vê que várias outras empresas seguiram a bala do BAI. E, por exemplo, acho que o PCA da UNITEL ligou para os jogadores para oferecer um iPhone.

O Banco KEVE também disse que ia oferecer dinheiro. E os jogadores começaram a receber chamadas com ofertas de presentes.

O primeiro problema reside no facto que empresas definemde modo unilateral qual é o valor da imagem dos Palancas Negras, seja a titulo individual ou colectivo, quando um contrato de patrocinio teria este valor definido por negociação entre as duas partes, e pela concorrencia entre as empresas que queiram patrocinar. Sendo que já tive um patrocinio de 100 milhões de cuanzas pela Lacotini, não vou aceitar menos que este valor, especialmente se meu desempenho desportivo é bom e tem outras empresas estão dispotas a dar mais. Podes negociar deste jeito quando o “apoio” é feito na forma de presentes ? “O PCA da UNITA me deu um iPhone 14 Pro Max, eu espera mais da Africel !”. A UNITA gastou 2 milhões de kwanzas para patrocinar um show da Nicki Minaj em Angola, mas quer offerecer um plano boss e um telefone das miúdas do Game ao nossos herois ?

O segundo problema reside no facto que os presentes aumentam apenas o perfil da empresa e não do jogador contrariamente ao patrocinio, em que o patrocinado tem que exercer funções publicitarias que torna a sua marca mais valiosa para o próximo patrocinador, afinal ele imprime sua imagem na imaginação popular e tem uma prova tangivel de sua popularidade. Cada spot encenação publicitaria proposta ao Christiano Ronaldo é feita na base das encenações passadas, tanto na nível de seu talento como de seu efeito publicitario. Se aumentaste as vendas de teu ultimo patrocinador por cinco porcentos, tens uma base para negociar teu próximo patrocinio .

O terceiro problema esta na questão da desorganização, porque eles estão numa fase que requer concentração e introduzir factor estrangeiros ao jogo, que possam influenciar seus calculos em campo, pode desfazer o trabalho da equipe tecnica.

Na verdade, esse patrocínio que parece ser muito para as pessoas normais, é pouco dinheiro por conta do dinheiro gasto por essas empresas e da fama que eles vão adquirir com isso. Uma analogia simples seria ver isto como a differença entre namoro e casamento.

O que o BAI fez é simplesmente um namoro com a seleção. Gastou 200 milhões de Kwanzas e vai estar gravado na memória coletiva de Angola para sempre. E as outras empresas, vendo o bom negócio publicitário, tentaram seguir a bala.

Mas, enquanto que se os jogadores forem sábios, ao invés de aceitar este simples namoro, esse lance, pediriam um casamento. O que seria um casamento? Aquilo que a Lacatoni fez. Que é você ter um contrato de patrocínio a tempo determinado, com objetivos claros e um montante determinado. Fariam como o Cristiano Ronaldo, que retirou a garafa que estava na sua mesa de conferencia de imprensa porque não estava a ser remunerado.

Porque o seguinte, a Lacatoni vai estar associada a esse desempenho da seleção neste canto também, porque até o equipamento é tão icônico que todo mundo vai saber que este é o equipamento da vitória sobre a Namíbia. Porém, quando a seleção decidir trocar de patrocinador da Lacatoni para outro patrocinador, este outro patrocinador vai poder, digamos, ter também a chance de criar o seu momento. Então a seleção consegue vender de novo essa imagem.

A forma só que tem que ser aperfeiçoada. A forma eu creio que tem que ser em patrocínios de longo prazo. Tanto para a seleção ou para os jogadores de modo individual.

Até porque para os próprios jogadores, isso permitiria criar a sua própria marca. Veja, por exemplo, o Cristiano Ronaldo iria aceitar receber, sei lá, boxers, um número ilimitado de boxers durante um ano porque ganhou um jogo ou iria pedir para ser a cara de uma marca de boxers? Fazendo spot publicitário e tudo.

Os jogadores do Barcelona, por exemplo, a equipa como um todo está associada ao Spotify, que é uma empresa de streaming. Estão associadas a Beco, que é uma empresa de eletrodoméstico.

Por exemplo, alguns jogadores como o Leonel Mendes estão associados às batatas fritas live. Tem aqueles contratos de materiais desportivos com marcas como Nike. O Cristiano Ronaldo e o Messi estão associados a marcas como Louis Vuitton que é onde saiu aquele ensaio fotográfico recente.

E é por aí onde vai. E só dessa forma, com esses contratos, com essas associações com marcas, com dinheiro para investir e que, de certa forma, estão, de facto, a correr risco ao colocarem o seu dinheiro, que é o que vai incentivar os jogadores, de certa forma, a se esforçarem. Porque normalmente o que é que acontece? Esses jogadores, os produtos na qual eles estão associados, vendem mais durante o seu auge.

Então, eles vão ser incentivados, de certa forma, a se esforçarem, a estar cada vez melhor, seja de maneira física, tática, para que possam não só ter um desempenho bom com a equipa, mas que os contratos daqueles que lhes foram oferecidos possam ser mantidos, porque esses contratos normalmente dependem também do seu desempenho durante a sua carreira. E sem falar que essa é uma boa maneira também, uma boa maneira de humanizar o próprio desporto, aproximar das pessoas, que é isso que o Petro de Luanda vem fazendo recentemente. Eles resolveram que a cada onda de marketing do Petro de Luanda, seja, por exemplo, para a produção de novos equipamentos, isso aí de maneira orgânica, decidiram adquirir e, tipo, vamos para o clube e esse equipamento é bonito e por aí vai.

Quantos jogadores angolanos receberam dinheiro de oferta durante esses anos todos? Dezenas.

O que é que isso trouxe de positivo para os jogadores e para a própria sociedade? Não trouxe nada. Porque você vê, por exemplo, os jogadores a receberem um iPhone e um ano grátis de comunicação da Unitel, aquela oferta da Unitel, o que é que traz de positivo para o jogador? Nada. É simplesmente alguém que anda com um iPhone e que não paga saldo durante o ano. O Sayovo e o Akwa receberam presentes no auge, porém conseguiram converter isto em valor a longo prazo ?

A Unitel, pelo contrário, fica com a fama de que ofereceu o iPhone aos jogadores. Enquanto que, se houvesse um contrato de patrocínio, os jogadores fariam spots publicitários, fariam atividades que lhes permitissem criar a sua própria marca e acumular também experiência do seu lado. Além de que, com o contrato de patrocínio, você pode ter um prestágio diferenciado do patrocínio.

As pessoas estão simplesmente a pensar desde o ponto de vista da sua pobreza individual, que até o problema não é ser pobre, o problema é o provincialismo mental, que é você imaginar que a sua vida, que você vive, é universal para todos os outros seres humanos. Se para ti um iPhone é muito, você acha que o iPhone é muito para todo mundo. Porque, veja, com o contrato, com a formalização dos patrocínios, o que é que vai acontecer? Se você quer um spot publicitário e um preço, se quer estar no equipamento da Seleção Nacional de Angola, é outro preço.

Se quer simplesmente ser mencionado como um dos patrocinadores em conferência de imprensa, outro preço. Se quer o seu produto por cima da mesa enquanto os jogadores fazem entrevistas, é outro preço. E você vê que essas empresas estão a correr a fazer isso, porque, na verdade, essas ofertas que eles estão a fazer de Ginguba, é muito mais barato do que eles fazerem contratos.

A primeira pessoa que me despertou ao problema que estava a acontecer foi o jornalista Manuel Cabingano, que esta por isto a ser taxado de invejoso.

Só estou feliz que a Cuca não fez uma oferta de cerveja limitada para a Seleção, senão poderíamos esquecer o desempenho dele para o próximo Can. Nem para o próximo Can, para esse mesmo, porque estariam com tanta pressa de voltar para viver, que iriam perder de propósito para regressar ao país, não conseguiriam esperar até a final.

A direção é certa, a forma que está acontecendo é meio que caótica e anarquista mas a direção é certa e eu acho que por exemplo, a Lacatoni provavelmente vai ter grandes vendas de equipamento de roupa relacionado com o desempenho da Seleção, sendo que há uma boa oportunidade da FAF penhorar o lugar de patrocinador principal caso a Seleção chegue ao mundial, o que é bem provável, tendo em conta o seu bom desempenho.

Exemplos de Angolanos a celebrar o suposto “apoio”:

160 mil Angolanos apoiaram roubo da reputação da seleção pela UNITEL, a preço de banana, a empresa que pagou o preço justo pela Nicky Minaj !

O papel da oposição no fracasso da democracia em Angola.

O papel da oposição no fracasso da Democracia em Angola.

Pode parecer estranho dizer que a oposição Angolana, constituída da UNITA, seus auxiliares da dita sociedade civil e os jornais com uma linha editorial ditada por um preconceito anti-MPLA, contribui para a do fracasso da Democracia em Angola, afinal lutaram “pela realização de eleições”, porém este é exactamente o problema, eles lutam apenas pela parte que lhes traria um beneficio directo, “estar no Poder”, e não participam na parte mais importante da democracia: 1)livre discussão de ideias de modo a encontrar soluções e 2)convencer as pessoas a aceitar as soluções.

Este fracasso é evidente quando revisitamos 3 polémicas a “fome relativa”, o aumento do preço dos combustíveis, e a recente declaração do Ministro de Estado para a Economia, Massano que “Preço alto do barril de petróleo “já não resolve o nosso problema”.

A fome relativa.

No discurso relativa a 65º Aniversário da Fundação do MPLA, JLO disse o seguinte:

Na agricultura, ao andarmos um pouco pelo país, sentimos que há muita produção. Fala-se de fome. Os nossos adversários hoje acordam de manhã à noite a cantar uma música.

Fome, fome, fome. A fome é sempre relativa. O país já tem muita produção de bens alimentares.

Talvez, por conveniência própria, por conveniência política, nos convenha repetir incessantemente a palavra fome. Mas eu diria que o grande problema da Angola, se quisermos ser mais precisos, é o pouco poder de compra dos nossos cidadãos. Pouco poder de compra pelos altos índices de desemprego.

Fruto de um conjunto de factores, mas sobretudo fruto da Covid-19, que fez com que muitas das indústrias, muitas das empresas reduzissem o pessoal e, em alguns casos mais extremos, encerrassem mesmo as suas portas. Portanto, esses cidadãos que lamentavelmente se encontram nessa situação de desempregados ou de semi-empregados, evidentemente que não têm poder de compra de garantir acesso alimentar para as suas famílias. Mas, de resto, a produção agrícola, pecuária e piscatória no nosso país tem subido todos os dias para os olhos de quem quer ver.

JLO, discurso alusivo no Acto Político em Saudação ao VIII Congresso Ordinário e de Celebração do 65º Aniversário da Fundação do MPLA.

Sendo que o presidente JLO disse que a fome é relativa a produção agrícola, e que tendo aumentado a produção esta deve diminuir, porém os opositores que a fome é subjectiva no sentido de “imaginaria” e que o presidente estaria a dizer que os Angolanos são loucos que imaginam ter fome, mostrando assim insensibilidade e falta de respeito. Mas a desonestidade esta acompanha de um empobrecimento da língua, pois os opositores são culpados de polissemia, que é a pratica de usar vários sentidos para uma só palavra de modo a confundir seu adversário. A fome designa a condição individual de precisar alimentos, porém a palavra pode ser usada por estilo de linguagem para designar uma situação de carestia que é ausência de comida mesmo para pessoas que usem dos meios comuns e eficientes para sua obtenção, como aconteceu durante a seca no sul de Angola. Uma pessoa a comer no lixo não é prova de carestia, mesmo que aquela pessoa tenha fome, pois quem o faz normalmente tem problemas mentais ou vem de famílias que não se ajustaram a economia de mercado, ou seja pessoas que não usam meios comuns e eficientes para obtenção de alimento, até porque ambas pessoas poderiam migrar para uma zona rural e conseguir obter alimento por meio da agricultura de subsistência, porém tomaram a decisão de subsistir da restos de seus concidadãos.

O mais grave neste episódio foi que JLO disse algo de importe neste discurso, que simplesmente não foi debatido pela “classe falante”, que estava mais preocupado com a extrair capital político da “fome relativa”.

A subida do preço dos combustíveis.

A “subida do preço do combustível” foi na verdade uma retirada de um subsidio que proporcionava aos Angolanos preços baixos tendo em conta o custo de produção e o preço de mercado, sendo que este não pode perdurar quando a taxa de natalidade excede a capacidade do Estado de construir infra-estrutura e de cria rapidamente situações de escassez, enquanto que a produção petrolífera, que é a fonte de financiamento do Estado, não cresce ao mesmo ritmo.

E a conclusão a que chegámos é que precisávamos de fazer qualquer coisa rápido, uma vez que a taxa de natalidade no nosso país é muito alta. A população vem crescendo nos últimos anos a um ritmo bastante grande. Construir hoje um hospital para mil pessoas, cinco anos depois, esse hospital já não serve.

Já não serve, quero dizer, a população que vive ali nos arredores e que vai precisar dos cuidados desse hospital, já duplicou, já triplicou. Então, a corrida é entre o ritmo de construção das infraestruturas e o crescimento da nossa população. O país está a investir bastante no setor da saúde.

JLO, discurso alusivo no Acto Político em Saudação ao VIII Congresso Ordinário e de Celebração do 65º Aniversário da Fundação do MPLA.

Constatação não entrou no discurso político, a oposição apresentou a medida como puro acto de maldade e incitou a desordem que obrigou o governo a retardar a retirada total do subsidio, prolongando assim o problema.

Preço alto do barril de petróleo “já não resolve o nosso problema”

Apresentada como um confissão de desespero, citada em titulo da matéria, até no jornal de Angola, que Angola já não tem solução, até pelo Jornal de Angola, invertendo assim o sentido do que Massano disse, pois isto se insere na estratégia da Lenda Negra de Angola, que pinta o pais como o pais como um lugar apocalíptico e sem futuro, levando o povo a uma única conclusão: “A Alternância com a UNITA no Poder” . Porém a frase completa foi que “o ritmo de crescimento das populações e das necessidades está muito acima daquilo que o sector petrolífero hoje é capaz de oferecer à economia e aos cidadãos”, deste modo concordando com o diagnostico feito pelo presidente no discurso acima citado, e apresentando uma lista soluções visando a busca de outras soluções, que podem ou não serem adequadas, porém isto não interessa a mentalidade opositora, que tem apenas uma solução na cabeça: “A UNITA no Poder”.

Diversificação da economia é que você só se fala da diversificação das fontes de rendimento não das prioridades de consumo, ninguém pergunta a ser razoável que um angolano que tem uma produtividade de mil dólares por ano quer consumir 10.000 em serviço de transporte saúde e educação a custa de terceiros. Quando tiver crianças a estudar debaixo do mar fala sinal do governo mas ninguém pergunta se os pais destas crianças forem responsáveis

Resumindo.

Algumas pessoas, tirando obviamente os membros da UNITA, se indignam quando esta é criticada, dizendo que “nunca governou”, porém a natureza do Político é limitada por 3 factores: O que deves fazer, o que podes fazer e o que queres fazer. Sendo claro que o MPLA quer fazer o que se deve fazer para Angola, lidar com a questão do crescimento demográfico acelerado, porém que não consegue o fazer porque a UNITA ira se aproveitar da oportunidade para excitar revolta com o objectivo de chegar no poder, ou seja apesar de “não ser governo”, o partido Galo Negro tem a capacidade de limitar a acção do governo, o fazendo em proveito próprio e provando assim ser uma oposição desleal a Angola, presente e futura.

As Ferias do JLO nas Seicheles, parte 2: A Hipocrisia da UNITA e o Gabinete de acção psicológica.

As Ferias do JLO nas Seicheles, parte 2: A Hipocrisia da UNITA e o Gabinete de acção psicológica. Atalho para a primeira parte do texto.

A UNITA esperava uma vitoria fácil adoptando um discurso de austeridade contra os gastos excessivos da viagem do JLO para as ilhas Seicheles, porem o vídeo, publicado pelo deputado Nelito Ekuikui no X (antigo twitter) no dia 4 de Janeiro de 2024, causou uma maré de criticas contra a hipocrisia da UNITA, alegando esta que participava de um lado ao banquete da OGE, com o subsídios de instalação dos Deputados, os carros protocolares e os salários milionários, enquanto que do outro lado critica a despesa da viagem de ferias do presidente. Uns perguntaram como é que o deputado vinha falar de pobreza em um vídeo em que vestia uma camisa da Lacoste, uma marca de luxo.

A reacção da UNITA, tanto a nível de seus membros individuais, nomeadamente o Menino da Lacoste, a alcunha atribuída pelos usuários do X ao Nelito Ekuikui, e o Jonas Mulato, como a nível da instituição por meio de um comunicado publico (reproduzido na integra no fim deste texto), foi de imputar estas criticas ao “Gabinete de Acção Psicológica” (GAP) do MPLA, que estaria assim a tentar mudar o foco de debate publico e desviar os olhares da viagem do presidente.

Os argumentos da UNITA se resumem ao seguinte: 1) Alegar que as criticas tem origem no GAP, 2)defender-se da acusação de gastos sumptuosos alegando que o a)salário dos deputados não é alto, que b)os carros dos deputados são propriedade da Assembleia, sendo que não há escolha de recusar ou pedir um carro mais barato.

Vamos analisar cada argumento de forma rigorosa.

O GAP e a hipocrisia da UNITA.

É trivial alegar que a existência de um órgão de comunicação seja uma coisa sinistra, pois a própria UNITA e varias empresas tem aquilo que se convenciona chamar, de modo inócuo, “Departamento de Relações Publicas”, que gere a imagem da um entidade, tanto reagindo a noticias a noticias negativas como que colocando noticias de modo pro-activo de modo a levar a cabo a sua agenda. Alias vimos isto na forma coordenada como os membros da UNITA alinharam seus argumentos, que coincidiram depois com o comunicado publicado pelo Partido, com uma disciplina de mensagem de modo a evitar publicidade negativa. Porém não basta a coincidência de argumentos, deve ter um vinculo directo entre o Departamento de relações publicas e as pessoas que os divulgam, sendo isto fácil se tivermos a UNITA como exemplo, pois o Nelite Ekuikui e o Jonas Mulato são membros do Partido, sendo que a UNITA deveria provar que uma parte significativa dos internautas que a criticaram tem vinculo com o GAP, ou simplesmente admitir que esta a espalhar teorias da conspiração para abafar seus críticos. Como fazia o MPLA no passado, acusando seus críticos de serem fantoches e membros da UNITA.

Pelo contrario, as evidencias do carácter orgânico e espontâneo das criticas são numerosas, e alias a mesma critica surge periodicamente. O primeiro exemplo que podemos dar aconteceu na ressaca da eleição de 2022, quando cidadãos questionavam a sinceridade do partido, que proclamava a ilegitimidade do resultado das eleições ao mesmo tempo que tomava posse e usufruía assim das regalias inerentes aos cargos de deputados. O Jornalista Israel Campos colocou esta pergunta ao presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, que respondeu que “esta pergunta desviava do foco, e que era um assunto a discutir dentro da Assembleia”.

O segundo exemplo quando internautas questionaram a sinceridade do discurso do Deputado Sapiñala, baptizado com a alcunha de Hugo Boss por usuários do Facebook, sobre a pobreza em Angola quando ele ostentava um iPhone 14 Pro Max novo, que na altura não estava a venda em Angola, e que ele parecia ter viajado para comprar no exterior, por conta das etiquetas de talão de embarque colocadas no telefone, mas que na verdade era uma capa estampada com simulacro das ditas etiquetas. O terceiro exemplo de surgimento desta polémica se deu quando um ouvinte perguntou a deputada Webba se achava normal que os deputados recebessem um prémio de instalação de 20 milhões de cuanzas em um pais com tanta pobreza. Finalmente, o artigo do Jornal Expansão sobre as carros protocolares dos deputados foi publicado no dia 7 de Janeiro de 2024, escrito por Miguel Gomes, que está há anos a acompanhar este assunto, e este novo artigo foi escrito na continuidade desde trabalho, basta pesquisar “carros dos deputados” na pagina virtual dito jornal. Sendo por evidente que as criticas são orgânicas e feitas por internautas Angolanos, ao invés de serem ordenadas pelo GAP. Não é possível que o jornalista tenha composto e publicado seu artigo em menos de 24 horas reagindo o vídeo do Ekuikui.

A sinceridade da calunia da UNITA, contra internautas que lhe endereçaram criticas, foi demonstrada pelas palavras do Deputado Nelito Ekuikui na transmissão em directo do “Dose Diária”, do dia 6 de Janeiro de 2024, no X (antigo Twitter), quando atribuiu as criticas a UNITA a lavagem cerebral pelo sistema educativo do MPLA ou ação directa de do GAP do MPLA, ou seja, o preconceito do Deputado é que a UNITA esta acima de qualquer critica. As proclamações, no decurso da mesma transmissão em directo, que o Deputado faz em defesa da liberdade de expressão e da pluralidade de opinião são vazias diante da sua própria pratica, como quem recita o credo apostólico antes de cometer um pecado.

Os Deputados da UNITA são ricos ou pobres ?

O Deputado Nelito Ekuikui tentou rebater a substancia das criticas, dizendo que as regalias que os deputados usufruíam não eram elevadas, concordando com a sua colega Mihaella Webba de que os “Políticos ganham mal em Angola”, respondendo a pergunta de um ouvinte sobre o subsidio de instalação dos deputados, da ordem de 20 milhões kz, durante um programa de radio. A polémica a volta deste assunto levou a UNITA a prometer doar 50% deste prémio para a sociedade em 2022, e Dezembro de 2023 a UNITA anunciou que ja estava a cumprir a sua promessa , porem os seus planos anunciados (distribuir medicamentos, reparar carteiras em escolas, e doar cestas básicas) e teve imagens de membros do partido a distribuir cestas básicas que foram difundidas pela TPA, não custam os 900.000.000kz de representa o valor em causa. Isto até levanta uma pergunta: Como é que a UNITA pode ter uma gestão duradoura do OGE se não consegue criar uma obra duradoura com quase um bilhão de cuanzas. Lembremos que a organização da sociedade Civil Sul Africana Afriforum construiu uma universidade de raiz com um montante menor, quando o Governo do Partido ANC decidiu extinguir o ensino em Afrikans em uma universidade publica, em claro acto de discriminação étnica.

O Deputado Ekuikui tentou usar uma definição especial de rico para justificar seus de bens de luxo, e imagino que defenderia o iPhone de seu colega Sapiñala, e concordar com a Webba, dizendo que que “rico é alguém que cria riqueza” e não alguém que usa artigos de luxo, porém este não é um argumento não é sincero. O facto é ser o deputado recebe pagamentos directo e anuais de 33.8 milhões kz, constituídos por um salário base de 22.768.138,00kz , se ele não for membro de uma comissão e usufruir assim dos bónus associados, e subsídios de fim e principio de mandados, a receber a cada 4 anos, de 47.1 milhões de cuanzas. Isto equivale a um salário anual de 45 milhões.

Os carros dos deputados.

Quanto aos dois carros ao qual um deputado Angolano tem direito, a linha de defesa da UNITA, tanta nas palavras do deputado como no comunicado, é que estes são propriedade da assembleia. Apesar dos carros serem da assembleia, o seu uso pelos deputados é um beneficio directo a favor do deputado equivalente a usar um carro de aluguer pago por um terceiro (argumento de sumptuosidade) e por isto é um custo directo ao Estado (argumento de austeridade). O que se diria de um director de uma empresa privada que andasse com um carro propriedade de sua impressa, para fins particulares, mas que alegasse que isto não constituía beneficio para si porque o carro não estava em seu nome. Se um deputado tivesse alugar um SUV e uma carrinha Toyota Hilux, despenderia no mínimo 73 milhões kz, na razão de 100.000 kz por veiculo e por dia. Além de que o carro constitui um custo directo ao Estado.

Somado ao salário, o mandato de deputado equivale a um emprego com um rendimento nítido de 106 milhões de cuanzas por ano, se somar os 33.8 milhões em pagamentos e os 73 milhões que custaria a alugar os dois carros. Negar a sua condição de rico é um traço comum da sociedade Angolana, seja por medo da inveja, de pedidos de ajuda e as vezes por simples vergonha quando a pessoa não melhor de vida apenas de receber tanto. Por ponto de comparação, o salário bruto de um sondador de petróleos esta por volta de 30 milhões cuanzas por ano, ao qual deve se descontar o impostos incidentes, para trabalhar em turnos de 28 dias a bordo de uma embarcação que pode afundar a qualquer momento, o website Glassdoor tem estimativas de salários para Angola. Os salários dos deputados não só são objectivante altos, estando na mesma faixa que trabalhadores experientes da industria petrolífera, mas são altos para os deputados de ponto de vista individual, pois a concorrência pela honra de “representar o povo”.

A UNITA depois tentou se desresponsabilizar, adoptando um discurso de inevitabilidade, alegando que a atribuição dos carros está inscrita na lei e que não só a UNITA não pode mudar a lei por não ter votos, e nas palavras de Jonas Mulato a UNITA teria”sugerido carros mais baratos”, mas que os Deputados não podem recusar os carros. Porém, novamente, os argumentos não são sinceros.

Vários deputados recusaram tomar posse das viaturas atribuídas, incluindo Rafael Savimbi que negou um Lexus em 2019, Tchizé quando era do MPLA, também alegou que não aceitou um Lexus em 2017, porque tinha um de 2012 em boas condições, e a Paula Simmons também recusou o carro a que tinha direita por ser deputada do MPLA e administradora da RNA.

O que o senhor Ekuikui não disse é que os carros da Assembleia acabam muitas vezes como propriedade dos deputados, por meio de uma sistema de abate em que compram os mesmos por preços da igreja, com o Deputado da UNITA Navita Ngolo a admitir ter comprado um BMW protocolar por 3 milhões cuanzas, muito abaixo do preço de mercado.

A UNITA não acredita em liberdade de expressão.

O deputado Nelito Ekuikui disse claramente, a conversa do “Dose Diária” que a UNITA não acredita em democracia e pluralismo, pois acredita que os únicos motivos de alguém criticar seu partido é 1) ser do gabinete psicológico e 2)ser um burro vítima do sistema educativo do MPLA. Criticou os “métodos marxistas” do MPLA, porém repetiu assim o discurso do tempo do partido único quando os críticos eram “fantoches e alienados”, sendo que como é que vais ter democracia sem critica, pois liberdade de opinião não há opções políticas. Ironicamente, ao dizer que o MPLA corrompeu os dirigentes da UNITA no passado, reconhece que sei adversário pelo menos acredita na pluralidade de opiniões, mesmo que as tenta ultrapassar com o maço de dólares, isto é muito melhor que chamar seu adversário de burro e vendido.

Outro exemplo do espírito anti-democrático esteve patente quando o deputado, respondendo a uma pergunta sobre financiamento de partido por meio de doações individuais, diz que não acredita que políticos “deveriam mendigar”. O sistema de doações permite medir de modo a popularidade de um partido ou uma opção política,

tanto por número e a intensidade do apoio, afinal quem acredita vai doar de modo proporcional a sua convicção. Nos EUA um indício que permite adivinhar o vencedor de uma Eleição é justamente o número de doações individuais, pois quem doa é mais sucessível de votar do dia decisivo.

O deputado prefere financiamento público ou “meios próprios”, talvez alguns poços de petróleo ou as minas de diamante que dão saudades ! Afinal é mais fácil do que prestar contas às pessoas, que podem retirar seu financiamento se verem sua confiança traída, com quem devemos negociar para agradar e procurar um consenso, basta a auto-promoção como salvador da pátria e capturar uma fonte de renda. O Deputado não quer prestar contas ao eleitor, e aqui coincide com as palavras de seu presidente quando questionado sobre os Lexus: Isto é do foro da assembleia, aqui o eleitor não se mete.

Há uma proposta de “autonomia financeira” da assembleia em nome da “separação dos poderes”, que será perigosa para os bolsos dos cidadãos, pois a primeira coisa que os parlamentares mais autónomos de África fizeram foi aumentar seus salários: 15.000$ por mês na Nigéria, 13.000$ no Quénia, etc. Alias os próprios deputados Angolanos violaram a lei do OGE para receber os carros de apoios, Toyotas Hilux, em acto de rebeldia ao Governo.

Que a UNITA seja a futura FNLA.

Concluindo, a reacção, na forma e no seu conteúdo, diz muito sobre a UNITA, e sua capacidade de participar em um ambiente publico realmente plural, não apenas com vários partidos e “membros da sociedade civil” que são os mesmos colegas de sempre, mas em um fórum aberto com qualquer Angolano que tenha uma conta no X e no Facebook. O Partido já cumpriu seu papel histórico de quebra-gelo, obrigando o MPLA admitir o principio de pluralidade, do mesmo modo que a FNLA antes de si cumpriu o seu papel de saco de pancada do Exercito português, alias merecido por conta dos massacres que cometeu em Março de 1961, e devera em breve deixar o caminho livre para a uma real pluralidade de vozes.

Parte da sociedade deve abandonar seu preconceito positivo a favor da UNITA, dando a eles um beneficio de duvida ilimitado, talvez por conta da divida moral contraída pelos anos de luta do partido, porém se a democracia é livre escolha entre opções equivalentes, então devemos tratar a UNITA e o MPLA com o mesmo grau de cepticismo e rigor.

Referencia:

1- O Comunicado da UNITA:

O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) acompanha com atenção as notícias postas a circular nas redes sociais sobre o usufruto de viaturas protocolares pelos Deputados e as reacções daí resultantes, pelo que esclarece o seguinte:

  1. A lei confere aos Deputados à Assembleia Nacional o direito ao usufruto de uma viatura protocolar e outra de uso pessoal para se deslocarem e servir os cidadãos no decurso do mandato.
  2. As viaturas são propriedade da Assembleia Nacional e não são ofertas aos Deputados, como se propala. Quando o Deputado termina ou interrompe o mandato as viaturas ficam na Assembleia Nacional.
  3. As viaturas foram entregues aos Deputados na primeira semana de Dezembro de 2023, facto que foi tornado público pelo Sr. Secretário Geral da Assembleia Nacional (SGAN) em sede de uma conferência de líderes e pelo Grupo Parlamentar da UNITA, a 30 de Novembro de 2023 , em conferência de imprensa.
  4. O Grupo Parlamentar da UNITA entende que a desinformação e as especulações que agora surgem sobre o cumprimento de uma lei e uma prática vigentes desde a Primeira Legislatura visam unicamente desviar a atenção dos angolanos das questões relevantes de interesse nacional, que incluem os atentados graves à Constituição perpetrados pelo Presidente da República, a insustentabilidade da Dívida Pública e a corrupção, assim como anular as fortes críticas que o público em geral está a dirigir ao Sr. Presidente da República pelo escândalo das suas férias nas Ilhas Seychelles[sic], em desconformidade com a realidade da pobreza e de um Orçamento Geral do Estado deficitário.
  5. O Grupo Parlamentar da UNITA nada tem a ver com o processo de selecção ou compra dos bens que constituem o património da Assembleia Nacional, porque não tem qualquer responsabilidade na execução do orçamento da unidade orçamental Assembleia Nacional.
  6. Quaisquer informações sobre o processo de aquisição e distribuição das viaturas podem e devem ser solicitadas ao Conselho de Administração da Assembleia Nacional (CAAN).

2- Este texto ignora o artigo ortográfico.

Sobre a viagem de João Lourenço para as Ilhas Seicheles

Sobre a viagem de João Lourenço para as Ilhas Seicheles,

O escândalo do ano, ou pelo menos o último, até que, porque faltam algumas horas para acabar, é que o João Lourenço foi passar ferias nas Ilhas Seicheles com 30 pessoas, pelo menos é assim que as pessoas estão a publicar nas suas redes sociais. Como se fosse algum tipo de escândalo, na verdade não é, o único escândalo aqui é a quebra do protocolo de segurança, porque este escândalo surgiu de uma fuga de informação em que a lista de passageiros foi vazada nas redes sociais. E a senhora que foi presa por cometer este crime, disse que foi um erro porque ela estava a tentar mandar a lista para o comandante de bordo utilizando o WhatsApp, que é uma quebra de sigilo, uma quebra de segurança. Ela devia ter usado um e-mail corporativo em que há controle na difusão das informações. Na verdade, também não é um escândalo porque o presidente está a viajar apenas com 10 familiares, alguns de seus filhos e seus netos.

As outras vinte pessoas são, na verdade, membros da equipe de apoio ao Presidente da República, contando seis membros da tripulação do avião, babás para as crianças, assistente para a Primeira-Dama e para o Presidente, o chefe da sua equipe de segurança e o chefe da Casa Civil.

Claro que isso custa muito dinheiro, viajar com trinta pessoas, mas não é nada estranho porque é responsabilidade do Estado angolano e no interesse de todos os angolanos que o Presidente da República esteja seguro, porque toda forma de atentado contra a segurança nacional do país, seja esta uma ameaça externa, como uma guerra, ou interna, como um golpe de Estado, terá na sua lista de ações possíveis.

Sendo que, se a segurança do Presidente da República for deficiente, torna se mais fácil o pais ser vitima de uma ação hostil. E essas ações hostis colocam, por definição, a vida dos angolanos em risco. Não apenas em risco de perder a sua vida, mas em risco de perder os seus bens e de ver o quadro legal do país alterado de maneira não consensual.

É responsabilidade do Estado o proteger e dar os meios de cumprir suas funções mesmo a distancia, logo foi acompanhado por 30 funcionários públicos, incluído o seu chefe da Segurança e o Director da Casa Civil. O Ekuikui pode nos dizer se Jonas Savimbi andava sem segurança e sem radio ?

Desempenhando as funções de Presidente da República, o cidadão João Lourenço tem o direito de gozar férias. Ainda mais, ele goza férias com os seus netos, tendo em conta a sua idade e o tempo limitado que lhe resta em terra. Este é um direito que não lhe pode ser negado e, aliás, é nossa responsabilidade garantir que ele possa gozar dos mesmos, pois estes são momentos preciosos para qualquer ser humano.

A lista vazada deixa-nos margem para desconfiar de que haja um segundo avião que seguirá para as Seicheles com o presidente. Porém, esta lista do avião B ainda não foi vazada. Isto deixa-me entender que este avião tem apenas pessoal de apoio, como equipe de segurança, equipe médica e equipe administrativa adicional de segundo escalão.

Então, contrariamente à impressão que os oposicionistas querem criar de que esta seja uma viagem exorbitante no estilo de Mobutu Sese Seko, que mandava vir bolos desde a Europa para ele comemorar os seus aniversários, estamos apenas diante de uma situação em que um avô quer desfrutar momentos de paz e de lazer com seus netos, aliás, num lugar que é bonito e de uma forma que devia ser incentivada aqui no nosso continente.

Este episódio nos diz muito mais sobre a mentalidade dos oposicionistas, sendo que eles são capazes de utilizar qualquer informação, seja ela verdadeira ou não, de modo a sujar a imagem do presidente e ganhar vantagem política. Tudo pela bancada, como consta em uma letra de kuduro.

Um video publicado pelo Nelito Ekuikui no Twitter (X) demonstra a forma do argumento:

A primeira questão que se coloca é que necessidade o Presidente da República tem de levar mais de 40 pessoas numa viagem privada de férias? Que necessidade tem ele num espaço tão caro que tem de fretar aviões pagos pelo nosso dinheiro, dinheiro do Estado, numa altura em que o nosso país atravessa uma crise financeira profunda? O Sr. Presidente tem o direito de passar férias com quem ele quiser, no espaço nacional ou internacional, desde que quem assuma as despesas são as suas poupanças dos salários. O Sr. Presidente não tem o direito de gastar dinheiros do horário público para convidar toda a sua família e embarcar para as ilhas do Seychelles. Não tem este direito.

Por quê? Ele é mero gestor e não tem o direito de gastar o dinheiro da Angola como bem entender. Esse é o primeiro ponto. Segundo, que necessidade o Presidente tem de levar o seu diretor de gabinete, de levar oficiais de campo, enfim, tudo isso numa visita privada? Se é visita privada, a visita do Sr. Presidente vai passar o final do ano, dias de férias, na República da Seychelles.

Logo, não tem razões de levar um aparato tão elevado para gastar dinheiro dos cofres da Angola. Portanto, os questionamentos que eu faço é quem está a pagar essa viagem do Presidente? Terá razões o Presidente de gastar rios de dinheiros para esta viagem que diz-se privada? Terá necessidade o Presidente de levar tanta gente para esta visita privada? Quando há gente a morrer de fome em Angola? Quando há gente que morre na porta dos hospitais? Governar é sensibilidade, é preciso ter alguma sensibilidade. Eu vi ontem o cumprimento do final de anos realizado na Cidade Alta, com toda a pompa e circunstância, dança, música, bebida.

Nelito Ekuikui, no X.

A hipocrisia esta no pico pois ao mesmo tempo que faz apologia da austeridade, sua colega Mihaela Webba defende o prémio de instalação de 20 milhões para deputados por cima do salário e dois carros (protocolar e de apoio) que gozam, como justificar isto? Tirando o Nuno Dala, que vivia na casa da mãe, a maioria são adultos que já tem casa própria antes do cargo.

Falando apenas, deixa de dizer não ao MPLA, muitas pessoas, a sociedade civil inclusive, diz que num país de tanta fome, tantas situações de dificuldade para o povo em geral, a UNITA validou, vai validar os 22 milhões de quasos para o início do mandato de um deputado, quando, na verdade, devia declinar, não validar e se calhar validar outros pontos, mas que pudesse então aí ser mais valia para o povo. Então, resumindo, por que que a UNITA validou os 22 milhões de quasos para o início do mandato de um deputado? Primeiro. Sendo que estamos num país com extrema pobreza, a sociedade civil.

Estamos num país com extrema pobreza e há necessidade de alterar a mentalidade das pessoas. Primeiro, por que que Angola está em extrema pobreza? Ok, por que doutora? Por que os dirigentes ganham mal e roubam em 2 milhões de quasos?

Webba sobre os 20 milhões.

Os mesmos deputados, incluindo os da oposição, ainda querem autonomia orçamental para aumentar seus salários e regalias sem interferência do presidente da republica.

Enquanto todos os Angolanos querem ser “deputados que ganham mal”, mas nunca renunciam aos cargos por “patriotismo”, mas uma loja do Sequele trocou todos os Angolanos por Malianos pois o dono estava cansado dos esquemas das funcionárias Angolanas.

Essas pessoas, com o Ekuikui, não percebem que esta maneira de fazer política do tudo ou do nada terá como efeito, a longo prazo, tornar a democracia impossível em Angola.

Porque a definição correta da democracia é a livre escolha de seus dirigentes. Mas, na verdade, é o direito de livre escolha e opções políticas. Ora, é impossível a pessoa ter a liberdade de escolher se a pessoa é incapaz de ter consciência da diferença entre as mesmas. Ou seja, se você não é capaz de perceber a verdade, e quando suspeitas que todos os participantes são oportunistas hipócritas, e que dizem apenas o que lhes convém.

Ora, esta forma de fazer política que procura criar agitação a todo custo, a todo preço, à custa da verdade, torna a democracia impossível, porque as pessoas não vão conseguir escolher se não têm a capacidade de confiar na veracidade das escolhas disponíveis. Se acham que tudo que se diz é uma forma de sofistica de tentar criar indignação por meio da demagogia.

Algumas pessoas no X reagiram contra as muitas criticas feitas contra o Ekuikui, dizendo que eram injustas porque ele não é gestor publico.

Não é ataque, mas critica com o argumento que a UNITA está a ser hipócrita e oportunista Por não ser gestor público mesmo que devemos criticar o Nelito e a UNITA, sem a arrogância do poder podem nós ouvir mais facilmente e influenciar o MPLA por contágio, afinal são as pessoas que mais passam tempo com eles.

Lula, Corrupto, charlatão e ditador favorito dos Democratas de Angola.

As mesmas pessoas que dizem lutar contra a corrupção e pela Democracia em Angola, gostam de se auto-denominar activista, estão a aplaudir o Lula quando pelas palavras proferidas em conferencia de imprensa, dizendo que a imprensa de Angola era mansa e que “não era normal nascer e morrer pobre em um pais rico”, quando o Lula não tem legitimidade para sustentar nenhuma de suas criticas e muito menos o direito de ser presidente do Brasil. Porém para os Activistas a verdade não existe, o que importa é criticar sem parar e usar tudo que for útil para chegar ao Poder, mesmo que tiverem de sujar a imagem de seu próprio Pais e engolir os insultos de um condenado.

Sergio Piçara captura a visão popular do episódio.

Vejamos, por parte em boa ordem, Lula é um bandido condenado, tem menos legitimidade que João Lourenço, e existe menor liberdade de imprensa no Brasil do quem Angola.

Primeiro, o Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, tendo recebido propinas da Odebrecht e é suspeito de ser o líder do esquema de corrupção do “mensalão”, um dos maiores da historia do Mundo. Porém a corte Supremo do Brasil, em um claro acto de corrupção judiciaria, simplesmente anulou as sentenças que pesavam sobre o Lula, nem se dando o trabalho de provar a inocência do Lula, seja por vicio ou ausência de prova.

Segundo, o Lula tem menos legitimidade que o João Lourenço, primeiro porque sendo um bandido condenado nem deveria ter o direito de concorrer a eleição presidencial, segundo porque o Lula nem sequer é o verdadeira Líder do Brasil, sendo por isto a sua candidatura uma fraude, pois o poder real são os ministros da Corte Suprema que tomaram o controle do pais ainda dentro do mandato de Jair Bolsonaro, enquanto que em Angola, por mais que possamos discordar das medidas de JLO sabemos que ele é quem esta a tomar as mesmas e podemos os responsabilizar pelas consequenciais.

Terceiro, existe mais liberdade de imprensa e de expressão em Angola do que no Brasil, aonde jornalistas e deputados são presos por falar em destituir os ministros do STF, em que é crime passível de perca de multa, prisão e perca de direitos políticos.

Basta ver o caso do jornalista Wellington Macedo, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), consta como réu no Inquérito 4.879, que investiga a organização e o financiamento às manifestações a favor do governo federal no dia 7 de setembro de 2021. Também o Oswaldo Eustáquio foi Preso por três vezes, influenciador bolsonarista volta a criticar o STF, do mesmo modo que o filho de subprocuradora-geral da República, advogado Cristiano Caiado de Acioli, Brasileiros apagam seus videos no Youtube por medo das investigações contra blogueiros, youtubers, empresários e parlamentares autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o Deputado Deputado preso por defender a destituição de ministros do STF, apesar de ter o direito a inviolabilidade de palavras, opiniões e votos segundo a constituição.

A própria imprensa Brasileira é cúmplice do esquema que levou o Lula no Poder, sendo muito mais “bem comportada” que a Angolana, tendo por exemplo ocultado a existência do Foro de São Paulo, é a coordenação estratégica do movimento comunista na América Latina que visa impor esta ideologia aos povos do continente, as ligações entre o PT e o Narcotráfico , o crime em geral que tem como vitima o povo, como se pode ver no excelente documentário, em cinco partes, “Brasileirinhos 5 Parte 1 (Nego é Mau)” que esta no Youtube.

São por estas contradições, além do cansaço da população com a política do Lula de protecção dos criminosos, que “roubam telefone para comprar cervejinha”, que levaram o povo a votar em Jair Bolsonaro, denunciado em rádios Angolanas como um “fascista”, com um radialista a exigir do governo Angolano que expulsasse todos os Brasileiros que votaram em Bolsonaro.

Porque que João Lourenço não deu ordem que se expulsasse o bandido condenado assim que abriu a boca ? Porque esta a prestar um favor ao seu velho amigo, afinal o Partido do Lula é um grandes apoios do MPLA, jogando o papel do Ditador Africano que deve receber lições de Democracia do Grande Lula, de modo a criar orgulho no publico brasileiro, ajudando o povo Brasileira a esquecer o golpe que levou o Lula ao palácio da Alvorada e o STF ao Monopólio sobre o Poder real, e não apenas formalizado por cargos publicos.

Se Angola fosse o Brasil, os Activistas e Opositores Angolanos teriam sido multados, presos e ter os seus direitos políticos revogados por questionar o resultado das eleições.

Não se trata de uma mera questão de hipocrisia, pois a natureza do poder é a capacidade de ser arbitrário, sendo que o mesmo judiciário que não decretou uma condenação sequer para os eventos de Maio de 2017, quando 35 mil esquerdistas depredaram prédios do governo federal em Brasília, sob o governo Temer, agora condena pessoas por 17 anos de prisão pode passear dentro de um edifício publico, em uma copia directa do “golpe”do 6 de Janeiro dos EUA, em mais um sintoma da Americanização do Brasil.

Como vou ter confiança na luta pela democracia de quem é incapaz de reconhecer , por mera conveniência e preguiça, um tirano ?

Os Assassinos e o barbeiro

Os Assassinos e o barbeiro

Os vários memes que sobre as pessoas poderiam “salvar o Pais” matando o Presidente da Republica, o piloto ou barbeiro, mostra apenas que a maioria das pessoas não tem a experiência de participar de uma instituição complexa, talvez a única vez foi na escola dominical, por exigiam parental, isto apesar das mesmas pessoas gritarem sobre “sistema”.

Líder é a expressão das pessoas que lidera, constituído pelo grupo de trabalho escolhido (O Governo), o grupo de trabalho que ele não pode mudar (O Estado), os seus concorrentes (a oposição), as pessoas para quem ele trabalha (o Povo Angolano), e pessoas que tem um poder superior a ele (FMI, EUA, etc), alem de lidar com factos do mundo material. Nenhum destes grupos desaparece só porque o Líder saiu de cena, como aconteceu com JES. Ou seja o desejo assassino expresso no meme é inútil, para o propósito dúbio de “melhorar Angola”.

Nada contra o trabalho ou competência de JLO, mas ele não é uma destes grandes figuras da Historia, cujo o carisma e perspicácia, é um motor dos acontecimentos, a maioria tenta o seu melhor para navegar uma serie de factores fora do seu controle, e alguns destes factores não sou tem cabeça própria, como podem matar seu líder se este não se conformar aos seus desejos, sejam estes altos ou baixos, este ultimo sendo o caso Angolano. Ou seja, é menos ser o pastor de um um rebanho de animais mansos e obedientes sobre o qual tens um poder absoluto, e muito mais uma matilha de cães famintos, perdidos no meio de uma selva.

O modelo de grande líder para muitos Angolanos, na base vídeos de Youtube, Jonas Savimbi, nem se quer era isto, prova disto é que seus pupilos não parecem terem mudado muito apesar de sua morte. Ele era tão incapaz de os dirigir que tinha de matar aqueles que tinham ideias diferentes das suas. Ser um Grande Lider é algo reservado para um Napoleão, Hitler, Alexandre o Grande, De Gaule, Churchill ou Cortez.

Isto me diz que a maioria dos Angolanos que comentam sobre política não tem a capacidade de entender o assunto sobre o qual opinam, e estas pessoas tem o direito de votar ou ter cargos públicos. Isto é assustador.
Estas pessoas precisam de um advogado e de um psicólogo.

A fraude de Demarte Penna.

A fraude de Demarte Penna.

Recebeu reconhecimento Publico quando conquistou menos, não é campeão Mundial, e esta a pedir esmolas ao invés que conquistar publica e patrocínios.

Demarte Penna usou a sua vitoria em um torneio de MMA para reclamar que os “os Angolanos só falam, não ajudam estou aqui a trabalhar sozinho”. O apelo foi ridículo por tres motivos.

Primeiro porque sugeriu uma falta de reconhecimento oficial, acusando os órgãos de media oficial de não divulgar a sua vitoria antes sequer ser possível fazer-lo por ele ser neto do Savimbi, o que não é verdade pois o atleta foi condecorado em Novembro de 2018, pelo Presidente da República, João Lourenço, com a Medalha de Bravura e de Mérito Civil e Social de 1.ª Classe quando seus feitos ainda eram menores. Sendo que o Demarte fomentou odio politico ao politizar de forma gratuita a sua vitoria, para beneficio proprio. Muito egoismo para quem vai depois pedir solidariedade em nome da irmandade e patriotismo.

Segundo porque a razão real alegada pelo lutador, em entrevista a pagina Oku Saka, que disse que não estava a pedir esmolas mas apenas a reclamar de seus direitos segundo no decreto n° 33/96, no artigo 6° (referente ao valor dos prémios de classificação dos atletas) menciona a atribuição de 15.000 dólares a todo atleta que nos desportos individuais tenha se classificado no 1° lugar do mundial ou jogos olímpicos. O problema é que o titulo que ele ganhou não é sequer mundial, pois a organizadora do Combate, a ARES Fighting Championship, é uma organização Francesa apenas e que o seus combates são apenas mundiais no sentido que convidam lutadores de vários países. O próprio Demarte tem consciência disto quando diz que tem como sonho ir combater na UFC nos Estados Unidos para o outro nível, que é top da pirâmide, o que não seria necessário se ele ja fosse campeão do Mundo de facto, o nome mundial foi usado apenas para fins de marketing e o nosso compatriota acreditou de modo literal. Estados diante de um caso de analfabetismo funcional. O Lado positivo desta historia é que o ministério dos desportos tem pessoas competentes que pelo menos verificam a veracidade dos títulos supostamente obtidos pelos atletas antes de atribuir os prémios, estamos longe da desorganização do Congo Democrático, em que os Anjos da Oposição, que tanto denunciavam a inépcia e corrupção de seus antecessores, conseguiram serem piores, como se viu no caso do desembolso de 100.000 USD pelo Ministério dos Desportos, como prémio para mera participação, para um combate fantasma do boxeador Bokele:

Leiam:

https://7sur7.cd/2023/02/17/affaire-100000-de-bakole-pourquoi-le-ministere-des-sports-sollicite-par-ecrit-un

Imagine um quadro do ministério ser burro o suficiente para desembolsar dinheiro apenas porque alguém ganhou algo que se chama “titulo de campeão mundial” sem que seja realmente uma competição mundial.

Terceiro, em mais uma evidencia de analfabetismo funcional, que é o quadro em que a pessoa não entendo que diz, e por isto dificilmente entenderá o que escreve ou lé, o suposto campeão diz não entender porque que recebe ajuda de Sul Africanos e não de Angolanos. Ou seja esta a pedir esmola, quando antes dizia que não estava a pedir esmola. Mais respondendo a pergunta dele, talvez se deve ao facto de ele ser um residente e praticante de MMA na África, sendo mais conhecido lá do que em Angola, além de pratica um desporto que não é popular em Angola. Existem vários graus de intensidade de popularidade, que vai desde os simples apoio verbal ao apoio financeiro, sendo que o Demarte quer o apoio financeiro de um publico que ele não conquistou e que não se interessa pela modalidade praticada por ele. Mesmo o apoio financeiro indirecto, por meio de patrocinadores que esperam aumentar suas vendas ao associar a sua marca ao Atleta, depende do esforço do Atleta em conquistar o seu publico, algo que o Demarte não fez. Ela esta literalmente a pedir esmola e ajuda, ao pedir dinheiro aos Angolanos apenas por ser Angolano.

Ele é Campeão Mundial do mesmo jeito que há uma bolsa de valores chamada de World Trade Center no Palanca Ele está competir em uma espectáculo de lutas na França, apenas isto, não é uma competição mundial com ranking como no box. Não é campeão mundial

Noah Lyles, campeão mundial nos 100 metros rasos, expressou sua indignação com os times da NBA que se intitulam “campeões do mundo” por vencerem a liga estadunidense de basquete. Ele deveria aconselhar quem acredita que o Demarte Penna é campeão do Mundo de MMA, só porque segue a bala dos activistas da rede social que querem criar um ícone.

Finalmente o lado mais patético desta historia toda é que os combates não são benevolentes, o Demarte foi pago para participar no combate. Se não foi pago o suficiente ele tem apenas a si para se queixar, sendo um homem adulto ele deveria ser responsável das suas escolhas, sendo que ninguém o obrigou a receber socos da cara como profissão. Alias se nota a mesma tendência nos músicos, que uma vezes passada a fama e o dinheiro, pedem esmolas ao publico para cobrir despesas medicas e básicas sob desculpas que “nos deram muitas alegrias”, como se tivessem sido obrigados a serem músicos como os artistas escravos da antiguidade.

Nesta terra, até os que praticam as de Marte dão Pena.

Por Roboredo Garcia.