Portugal não deve pagar “reparações históricas”.

Portugal não deve pagar “”reparações históricas” as colonias.

Apesar do que disse o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal não deve pagar “reparações históricas”, especialmente para Angola, pela “escravatura e colonialismo”, nas palavras do presidente do partido Chega, nem sequer de um euro.

Os crimes históricos que deveriam ser compensados pelas ditas “reparações históricas” são exagerados além das proporções, definidos de forma totalmente vaga, em uma linguagem ideológica e não concreta.

Escravatura não é culpa exclusiva de Portugal.

Primeiro, a escravatura, que é na verdade o trafico transatlântico de escravos na costa que corresponde hoje ao litoral de Angola, Congo Democrático e Congo-Brazzaville, que condiz a África Central do Oeste, teve a participação de Portugal de 1501 a 1869 na condição de armador. Portugal é responsável apenas pelo transporte dos Escravos até de seus portos, Luanda e Benguela, até ao Brasil, a captura e o transporte de escravos até a costa é iniciativa de Africanos, entre Elites Políticas e Comerciantes, que são estranhamente isentas de quaisquer pedidos de desculpas ou compensação financeira. O Tribunal Provincial de Luanda esta situado no palacete de uma destas figuras.

De 1869 a 1888, quando é proclamada a Abolição da Escravatura no Brasil, a responsabilidade de Portugal é reduzida ainda mais, pois tendo o abolido a escravatura e o trafico para se conformar a decisão da Grã Bretanha a por fim ao trafico a nível do mundo, não pode ser responsabilizado pelo contrabando de escravos que floresceu ao longo da costa, desde Ambriz até Cabinda, em portos Africanos fora de sua jurisdição que embarcavam escravos em navios Brasileiros e Americanos, como sempre, estes são isentos de pedidos de desculpas ou compensação financeira.

Sobre a natureza hedionda do trafico, apesar da condição de escravos ser sempre uma tragédia, a parte portuguesa do trafico era menos sangrenta se comparada com o trafico Sahariano, em que os homens eram castrados e obrigados a atravessar o deserto a pé, morrendo mais da metade por infecção e sede. Recomenda-se o livro o Genocídio Velado, TIDIANE N’DIAYE, para quem quer conhecer esta realidade. Porém a imagem que temos da escravatura é baseada em caricaturas oriundas de novelas da Globo. Se Portugal tem que pagar pela sua parte, então uma factura tem de ser enviada aos países da África do Norte.

Segundo, a ferocidade do trafico de escravos é exagerado para fins de propaganda política.

Sabemos que por volta de 5.6 milhões de Africanos, capturados por traficantes Africanos durante 400 anos em uma zona que tinha uma população de aproximadamente 7 milhões de pessoas, o que corresponde a uma taxa de escravização externa de 0.2% da população, ou seja 15.000 pessoas por ano, em media. Claro que as vitimas da escravatura não são apenas aqueles são embarcados nos portos, mas também as pessoas que morreram durante o transporte até a costa e a violência da captura porém estes foram actos Africanos. Ou estes estavam sob o poder magico de Portugal ? Como pomos correios, trabalhavam de modo mecânico sem vontade própria ?

Estas violências não foram de uma intensidade suficiente de modo a criar migrações causadas pelo trafico, como as que foram desencadeadas pelas Razias dos Arabizados na Bacia do Congo, pelo contrario, a medido que se aproximamos do fim do trafico, as caravanas vem de cada vez mais longe. Desde a Zâmbia na véspera da conferencia de Berlim, como pode se ler no livro “Pioneiros Africanos” de Beatrix Heintze, e isto apesar das zonas costeiras não terem sido despovoadas pois tiveram até um aumento de população, como Thornton prova para o Reino do Congo, o que indicada que as sociedades da costa esgotaram o numero de pessoas que poderiam dispensar para o trafico externo de voluntaria e tinham força militar suficiente para fazer vingar esta decisão. Na verdade é mais provável um Africano, da África Central do Oeste, acabar como escravo no mercado domestico, por ser capturado em combate ou preso por um crime, do que acabar nas Américas, alias sabendo que se o trafico Sahariano fez 17 milhões de vitimas, era mais provável acabar se castrado em em Cairo do que a cortar cana em Belém.

Colonialismo não foi mau para Angola.

Primeiro, colonialismo nada mais é do que transformar um região em um território nacional do Ponto de vista internacional e estrangeiro do ponto de vista nacional, os habitantes nativos da colonial sentem se como estrangeiros em seu próprio pais, não tendo direitos políticos e vendo seu território explorado a favor da metrópole.

Definido o que é uma colonialismo, Portugal teve colónias apenas entre a conferencia de Berlim (1884 – 1885) e o fim da Guerra colonial em 1975, antes disto tinha apenas postos comerciais na costa, Luanda e Benguela, e mantinha relações de tipo feudal, que eram normais nestas partes de África, com os diferentes potentados locais.

Claro que os Angolanos tiveram o direito de lutar pela sua independência política, porém a indignação diante do conceito colonialismo é totalmente histérica, pois todos os povos praticaram colonialismo e ainda hoje temos varias colónias, mesmo que tenham uma estatuto administrativo que pareça ser normal. A opressão e exploração das pessoas são apenas contingências que podem acontecer em contextos coloniais, mas não o definem. Taiwan passou a ser Chinesa depois de Luanda ter sido fundada por Paulo Dias de Novais, será que a China teve desculpas e relações históricas aos nativos austranesios da ilha ?

O colonialismo não é um crime por definição, pode se falar em crimes individuais cometidos durante o actor de conquistar e administrar uma colónia, porém se termos em conta as guerras e chacinas que advieram em Angola depois do fim da colónia, aliada a uma regressão económica que foi apenas abrandada pela maná petrolífera, Portugal não foi um má potencia colonial e deveria pelo contrario receber a nossa gratidão, por ter usado de pouco violência para criar um pais coerente com infra-estrutura eficaz e economia funcional.

Americanização

Do lado de Portugal, a ideia que “Reparação Histórica” é mais um sintoma da rápida Americanização da cultura Portuguesa, que tem o seu ápice no facto de uma empresa portuguesa pagar para usar a Marca CNN, pois a expressão é uma tradução directa da expressão inglesa “historic reparations”, que deveria ser traduzida em português para “compensação histórica”, pois a palavra reparação não tem o sentido de pagamento mas apenas de concerto em Portuguesa.

Do lado de Angola, estamos diante de uma apropriação da condição de descendente de vitimas do trafico de escravos, condição exclusiva dos Africanos das Américas, que são realmente descendentes de escravos, sendo que é mais provável que um Africano de África seja descendente de traficante. Pois como os únicos negros com que o Americano conhece é o descendente de escravos, os Africanos de Africanos devem assumir a mesma identidade e papel para pode se conformar ao mundo global Americanizado.

Perpetuar o Poder das Elites vigentes em Angola.

As Elites Angolanos derivam sua legitimidade da luta contra o Governo Português de Angola, sendo que esta no interesse deles exagerarem a gravidade do colonialismo, de pois a garantir gratidão eternas do povo. Chega ao ponto da parodia no caso da FNLA, que dedicou seu tempo de antena eleitoral para nos lembrar que foram eles que iniciaram a guerra … belo facto histórico, porém como é que isto lhes permite lidar com os problemas presentes e futuros de uma Angola navegando um mundo complexo ?

As Elites Angolanas mataram 8 vezes mais pessoas nas suas guerras civis do que Portugal matou em 13 anos de guerra colonial. Claro que há necessidade de exagerar os crimes de Portugal para esconder os seus.

A condição colonial era insuportável para as Elites de Angola, sendo lhes vetada o Poder, porém para a maioria dos Angolanos, a condição colonial não é muito diferente da do imigrante Angolano em Portugal: tem direito a participar da economia sem ter o direito a participação política.

Os perigos da histeria contra o colonialismo.

A histeria diante do colonialismo tem em germe um novo impulso revolucionário que pode destruir Angola. Pelo silogismo que sendo o colonialismo ilegítimo, Angola é ilegítima por ser uma criação colonial, o MPLA é ilegítimo por ter recebido o poder das mãos do colono, logo vamos destruir Angola e construir um outro pais “puramente Africano”.

A revolução é crime contra o povo, e submeter Angola a mais uma é um acto diabólico.

Quebrar o mito da guerra e ocupação colonial sangrenta é o primeiro passo para a maturidade mental de Angola.

Cláudia e cultura do Sexo Livre em Angola

Cláudia e cultura do Sexo Livre em Angola

A aluna Cláudia foi expulsa do colégio Nossa Senha da Anunciação em 2024, depois de terem sido divulgados vídeos em que participava de actos sexuais. A Decisão do colégio é certa, apesar da aluna ser vitima de um dos aspectos da cultura Angola: O sexo Livre.

Como cultura de Angola exalta o “Mulherengo” como forma de personalidade masculina, a contrapartida é promover a personalidade feminina da “Dama do Game”, que tem que ter bens de luxo apesar de não trabalhar e que por isto tem de extorquir os “boelos”, isto passa pela divulgação de vídeos sexualmente sugestivos por mulheres, muitas vezes menores de idades, em redes sociais de modo a atrair homens com dinheiro.

O sexo livre foi introduzido em #Angola pelas várias revoluções que tivemos.

Escola não é capaz de moldar uma personalidade de modo unilateral, a sociedade como um todo dá um catalogo de personalidades para as pessoas imitar, sendo que neste caso a prioridade é proteger os outros alunos e o direito dos encarregados de educação de proporcionar uma educação cristã para seus filhos.

Colocar areia no depósito de óleo de um carro tem um efeito mais imediato do que montar o motor de raiz

É mais fácil proteger os outros alunos de má influência, retirando a miúda, e também pelo exemplo da expulsão, do que corrigindo ela pelo contacto com os outros aluno

A expulsão é uma consequência necessária, pois algumas pessoas aprendem pelas consequências, positivas e negativas de seus actos, pelas consequências dos actos dos outros, pela cópia de personalidades de outras pessoas.

O sexo livre foi introduzido em Angola pelas várias revoluções que tivemos, devemos a combater para eliminar seus efeitos nefastas, infelizmente esta não vai ser primeiro e nem ultimo caso do género.

É engraçado ver ateus se fazerem de especialistas de cristianismo.

O perdão cristão depende do arrependimento pessoal diante de Deus, o nosso julgamento humano é inútil.

Não é justo pôr em risco a educação dos outros alunos por causa de quem não tem o desejo de mudar. Deus é quem perdoa, nós os cristãos temos a obrigação de não causar escândalo, especialmente neste caso em que estamos a lidar com crianças.

O encontro do JLO com a diáspora

O encontro do JLO com a diáspora

Não há incoerência, pelo contrario, é necessário ter boas relações em privado para transformar o activismo em carreira política, ao mesmo que tens que ser um critico sem tréguas para construir tua credibilidade em publico.

O encontro do JLO com a diáspora, em Abril de 2024, que inclui membros da elite “oposicionistas”, causou um choque nas pessoas de persuasão, que habituados a ver seus heróis a fazer um discurso em que o presidente é uma pessoa malvada, não entende que os mesmos aceitaram o convite para uma festa com o presidente.

Como a posição de activista e crítico virou uma forma de promover a sua carreira política, faz sentido que a dureza do discurso público esteja aliado a cortesia do discurso privado, afinal um activista ou ultrapassar um militante de carreira e ganhar um lugar de deputado, então tem que deixar aberta a porta para que possa ser feita uma transferência na altura certa.
Este truque funciona até mesmo nos partidos de oposição, em que um Nuno Álvaro Dala conseguiu ultrapassar vários militantes da UNITA com décadas de militância, sem ter de se submeter a disciplina partidária.

Angolano não muda de vida ao emigrar.

Me mostra quem é que foi lá fora e a vida mudou.

Você é um pobre aqui, vai lá fora e continua sendo um pobre lá fora. Um pobre com acesso ao autocarro, passeio, água na torneira.

Naice Zulu:

O Naice Zulu esta certo em suas palavras, sendo que basta se usar meios indirectos para avaliar o desempenho económico dos emigrantes Angolanos.

Primeiro, os Angolanos da diáspora enviam pouco dinheiro para Angola, apenas 12.6 milhões USD em 2021 e 13.9 milhões USD em 2022, isto para um universo de aproximadamente 380.000 Angolanos a viver no exterior, segundo um relatório do “Migration Policy Institute” de 2020, ou seja apenas 35$ por Angolano no Exterior.

Segundo, não há evidencia de excelência económica dos emigrantes Angolanos, por exemplo Angolanos não constam da lista de estrangeiros empregadores em Portugal, apesar de contar com uma comunidade de 32.000 pessoas com uma longa historia e similaridade cultural, sabendo se que em 2020, os brasileiros representaram 26,7% e os chineses 16% dos imigrantes empregadores em Portugal. Nas posições seguintes apareceram franceses (5,7%), seguidos de britânicos (5,2%), espanhóis (4,9%), ucranianos (3,2%), italianos (3,1%), alemães (3%) e indianos (2,6%).

Nos EUA, os Nigerianos são um imigrantes com rendimentos mais altos, qual é a posição económica dos Americanos ?

Sim, o Puto Prata, colega do Naice que virou operador de empilhadora nos EUA, esta a “mostrar maquinas na America”, só que ter um carro daquele tamanho nos EUA é algo normal para pessoa pobre, pois a venda de bens de luxo para pobres é uma táctica de negócios normal na América, com os ricos muitos vezes tendo gostos mais modestos, sendo que os lares com rendimentos anual abaixo de 50.000$ representam 27% dos compradores de bens de luxo, um grupo mais numeroso que os lares com rendimentos acima dos 150.00$ que consomem os mesmos produtos. O Livro “The Millionaire Next Door” é recomendado para quem quer entender paradoxo do pobre vivendo adornado de bens de luxo, pois os ricos são péssimos clientes de bens de luxo porque preferem guardar dinheiro para investir, preferindo ter uma vida modesta para ter dinheiro no futuro, enquanto que os pobres compram bens de luxo para demonstrar uma aparecia de opulência no presente, a custa da capacidade de ganhar mais no futuro . Recomendo este resumo do livro em dez minutos.

Uma parte dos Angolanos que emigram são na verdade expatriados, no sentido que seu estilo de vida não depende da economia do pais de residência. Os Angolanos expatriados em Portugal, usando o seus salários pagos em Angola, não conseguiriam sustentar seu estilo de vida se estivessem a trabalhar em Portugal, pais aonde a media salários é baixa, sendo que não faz sentido dizer que “mudaram de vida para melhor”, pois se tivessem que trabalhar em Portugal mudariam de vida para pior, não estando muito diferentes dos Angolanos que vivem de apoios sociais, na sua incapacidade de usufruir do estilo de vida desejado no pais de residência. O pobre continua pobre, e a pessoa de classe media só continua na classe media mediante rendimentos usufruídos em Angola.

Apesar da retórica vista nas redes sociais, os Angolanos não fazem emigração por desespero, afinal não estamos entre as nacionalidades que tentam emigrar por rotas perigosas, com risco de vida como pela Líbia, risco alto de fracasso por deportação, o perfil do emigrante Angolano é de alguém que pede um visto e viaja de avião.

Isto mostra que a retórica da “fuga de cérebro” não tem base na realidade, pois o Angolano emigra maioritariamente para países com economia estável aonde pode usufruir um estilo de mais confortável estando na mesma classe social. Qual é a proporção de Angolanos que emigram para países desconfortáveis a busca de oportunidades de negócios, como fazem, em Angola, os Oeste-Africanos ?

As paginas de rede social como emigrantes decisivos mostra um padrão de emigração longe do desespero:

O Angolano é emigrante do conforto.

Sim, vale a pena ser pobre na América do que em Angola, sim que o Naice tem razão, só mudaste de lugar aonde vais ser pobre, e quando as condições que criam teu conforto na emigração desaparecer, vais ter de voltar para Angola para continuar a ser o que sempre foste.

É. Se essa terra é nossa, nossos velhos lutaram por ela, nos ensinaram a lutar por ela, vamos ficar aqui. Tá difícil, tá difícil.

Me mostra quem é que foi lá fora e ficou fácil. Ninguém. Me mostra quem é que foi lá fora e a vida mudou.

Ninguém. Você é um pobre aqui, vai lá fora e continua sendo um pobre lá fora. Um pobre com acesso ao autocarro, passeio, água na torneira.

Naice Zulu, no Goza TV

O que Portugal fez por Angola

O que Portugal fez por Angola.

Foi triste ouvir o presidente JLO a repetir retórica de estilo Afrocrata, dizendo que “[nos do MPLA] fizemos mais em 50 que o Colono fez durante 500 anos, eles deixaram brinquedos em comparação com o que fizemos”, sendo necessário repor-se os factos.

Primeiro, os Portugueses não “colonizaram Angola durante 500 anos”, tendo controlo de todo o território de 1914 a 1974, ou seja um período de 60 anos, dentro do qual foi quase tudo o que define a Angola moderna. Convido as pessoas a visitarem a página Luanda do antigamente para saberem se foram construídos brinquedos. A estrada da serra da Leba, as grandes cidades modernas em todo território, o caminho de ferro de Benfica, e muito mais.

Segundo, antes de 1888 a presença Portuguesa se limitava a Luanda e Benguela, com parte das províncias do mesmo nome, que serviram de plataformas de comércio, exportação e importação, onde convergiam caravanas vindas do território que viria a ser Angola. A população Africana e Portuguesa era pequena, e não precisava se construir muito, porém ainda assim construir maravilhas como a Fortaleza de São Miguel e a Igreja Maria Pia.

Terceiro, além do legado material, Portugal nos deixou um legado cultural e político valioso, quando construiu um território coerente, unido por língua e cultura comum.

O legado cultural é expresso na língua, que permite a comunicação em todo o território sem criar sentimentos de sujeição, que poderiam ocorrer se Ambundus fossem obrigados a falar Ovimbundu, como acontece no Congo Democrático, nosso vizinho.

O legado político é expresso no direito de todo Angolano de transitar e se albergar em todo o território sem temer as arbitrariedade de potentados locais. Pois antigamente as pessoas perdiam seus direitos políticos e culturais quando fora de sua zona étnica, tendo de se assimilar ou usurpar o poder local. Até o Rei Congo deveria fazer rituais anuais para pedir autorização para residir em algumas das localidades que conquistou, enquanto que caravanas de mercadorias eram sujeitas a toda a sorte de chantagens ao longo de seu percurso, como acontece no Congo Democrático, nosso vizinho.

A retórica Afrocrata é  nociva porque não tem como objetivo descrever a realidade, mas sim criar e intensificar sentimentos de ódios de modo a permitir a ascensão dos Afrocrata a um poder, seja este cultural ou político, sendo que muitas vezes acaba defendendo teses contraditórias, resultando em uma diminuição da inteligência total da sociedade. A divulgação desta ideologia pelo nosso presidente é mais uma derrota da inteligência nacional, não sendo uma coincidência que a UNITA e a Isabel dos Santos, recentemente, tenham discursos do mesmo teor, pois virou senso comum entre os angolanos.

Claro que a independência política de Angola é valiosa e sua conquista foi necessária, porém o preço pago por todos foi demasiado alto, e incapacidade de fazer melhor nos obrigada a negar a existência do passado, por pura vergonha. O perigo de não se aceitar está verdade, que é muito difícil construir, é se passarmos pelo mesmo caminho por conta da arrogância revolucionária que destrói tudo porque acha que é fácil construir algo melhor. Já imagino um presidente da UNITA dizendo, em 2050, que seu fez mais por Angola em 4 anos do que o MPLA em 70 anos …

Na qualidade de líder político, não deveria dizer às pessoas apenas o que elas querem ouvir, como neste caso, mas também tem de dizer a verdade de modo a servir de exemplo aos que poderiam se acovardar, como aconteceu quando disse, de maneira acertada que “pobreza não é desculpa para criminalidade”. Pela positiva, movidos pelo seu extremismo, talvez os anti-JLO se sintam obrigados a ter uma visão positiva do período colonial só para não concordar com o JLO.

O numero de filhos dos pobres, e seus problemas para a sociedade.

O numero de filhos dos pobres, e seus problemas para a sociedade.

O que o Luaty fez foi menosprezar a opinião do Kota, “aquela frase” e sugerir que é uma “pretexto” e “sem legitimidade cientifica”, depois retira o pobre da condição de agente, que causa sua pobreza, para a condição de vitima, que faz filho porque o governo não resolveu o problema da mortalidade infantil. O Luaty teve a necessidade efectuar esta inversão porque ele, nas suas próprias palavras, acha que todos os assuntos são instrumentos legítimos de aproveitamento político, de modo a destruir e substituir seu adversaria. Ou seja dizer que a culpa é do pobre não permite criar aproveitamento político, pelo contrario antagoniza o pobre, a pessoa que o Luaty quer seduzir para seu projecto político, e exonera o governo das culpas das circunstancias do pobre, e por causa disto ele não pode aceitar esta ideia.

O problema é que a democracia impossível, na sua forma plena, que é um sistema de livre circulação de ideias que permita identificar problemas e levar a mudanças de opinião mesmo que não haja uma mudança de governo.

Quando a política se limita a conquista do poder, em que tudo pode ser usado para aproveitamento político, as pessoas tem medo de admitir a existência de problemas por medo que sirva de combustível para aos críticos ao mesmo tempo que problemas reais são ignorados pelos mesmos críticos ignoram problemas reais por não serem politicamente proveitosos. Sendo que isto aconteceu com este assunto, que foi abordado por JLO na campanha presidencial passada, sendo que o problema entre no discurso publico pois seus adversários preferiram fazer aproveitamento político da frase “fome relativa” apesar desta fazer parte de um discurso coerente. Veja o meu texto O papel da oposição no fracasso da democracia em Angola, sobre a saga da “fome relativa”.

Não só os pobres são culpados de suas circunstancias quando tem muitos filhos, mas esta pratica é egoísta e imoral. Sendo que para provar isto, vou explicar por que as pessoas faziam muitos filhos no passado, quais são as consequências de se fazer muitos filhos no presente, e a imoralidade do pobre ter muitos filhos.

Porque que as pessoas faziam muitos filhos no passado ?

O território que viria a ser Angola, antes da sua construção moderno a partir de 1888, era habitado por povos que praticavam uma cultura de subsistência, caracterizada por baixa densidade populacional por conta das doenças tropicais, abundância de terras, baixa produtividade e baixa acumulação de capital. Sendo que o exemplo típico de existência era de uma aldeia que abria uma nova área para o cultivo por meio de queimadas a cada temporada, as casas são pouco duráveis porque podem ser facilmente reconstruidas e não há infra-estrutura publica duradoura, de modo geral é melhor consumir o que se produz no presente porque o futuro é incerto. Na economia de subsistência há escassez de braços.

Neste ambiente, ter muitos era uma estratégia valida para garantir a sobrevivência da comunidade, pois a mortalidade infantil era alta por ausência de medicina eficaz e pobreza da alimentação, e porque a única maneira de aumentar a produção era aumentar o numero de braços, na ausência de maquinas e irrigação, sendo a escravatura é uma forma de tentar aumentar sua produtividade sem pagar com os alimentos necessários a levar a pessoa a forma adulta economicamente útil, bastava respirar e ter dois braços.

Quais são os efeitos de ter-se muitos filhos na economia moderna ?

A economia moderna é regida por pelo principio do investimento continuo, ou seja consumir sempre menos do que se produz, de modo a criar um estoque de capital duradouro que torna a vida das gerações futuras mais fácil e por isto mais produtiva, ou seja crescimento económico.

O crescimento acelerado da população pobre, por conta da persistência dos hábitos reprodução apesar da diminuição da mortalidade infantil, por conta da medicina, que permite curar uma malária com menos de 5000kz, e da agriculta moderna, que permite as pessoas ingerir mais calorias do que comiam antes, gera pobreza material, que é a escassez de bens necessários para o estilo de vida almejado, porque elas vão consumir bens e serviços necessários a vida moderna sem contribuir para os custos de capital necessários para os criar ou manter em funcionamento. Mesmo a participação produtiva de uma pessoa na economia moderna requer uma quantidade enorme de capital, se compararmos com a economia de subsistência, pois a pessoa precisa no mínimo 12 anos de escolaridade, durante os quais vai ser apenas um consumidor, sendo que este custo vai recair sobre alguém, os pais ou o Estado.

A imoralidade do pobre ter muitos filhos.

A imoralidade do pobre ter muitos filhos começa no facto de ele desejar ter o conforto da existência moderna sem arcar as suas responsabilidade, sendo que estas pessoas fazem estes filhos por motivos que egoístas, tais como: prazer, garantir a reforma, aumentar sua renda, e capturar recursos públicos.


O prazer parece ser um motivo paradoxal, afinal ser pobre é associado ao sofrimento, porém algumas pessoas sentem prazer no processo de criar e ver crescer uma nova vida, porém este prazer é unilateral pois a pessoa se cansa quando a criança passa de uma certa idade, deixando de ser um brinquedo para ser um ser consciente que tem desejos e vontade própria, e por isto faz outra de modo a ter o mesmo prazer de lidar com uma criança pequena de novo. A forma desta forma de paternidade se aproxima muito dos amores por fetiches, como a pedofilia, em que o suposto “amor” pela criança cessa quando esta deixa de ser criança e passar a ser uma pessoa adulta. Claro que pode ser o prazer mais directo, no próprio acto sexual, sem pensar na sua consequência, uma nova vida que precisa de cuidados e amor.

Garantir a reforma é uma forma de jogo de azar, em que se faz muitos filhos com a ideia que um poderá ter sucesso na vida e por isto cuidar de nós na velhice. O que não esta dito aqui é que o adulto se recusa a limitar o seu consumo actual, de modo a criar poupanças para o futuro, porque dá mais valor a seu prazer actual, sendo que declara ter direito sobre o rendimento futuro de seus filhos, que será aplicado por meio de pressão social contra os “filhos de que abandonam seus pais”. São homens que querem o direito de viver como “as crianças, querem uma coisa, mas não as suas consequências”, como disse Ortega e Gasset, a custa de suas próprias crianças.

Aumentar a sua renda acontece quando recusa-se a investir em capital, porque pressupõem diminuir seu consumo actual, preferindo aumentar o seu numero de filhos para recolher os frutos de seu trabalho, que contribui assim para o orçamento geral do lar.

A captura de recursos públicos acontece quando a pessoa tem filhos que vão usar serviços públicos gratuitos na parte economicamente inactiva de suas vidas, dos 0 aos 16, de modo a colher os frutos de seu trabalho uma vez adultos. O exemplo típico, deste caso, é de pais que só colocam seus filhos a estudar se for gratuito e mesmo que for ao detrimento das crianças. Veja o meu texto sobre 70% dos pais do Cunene Odeiam os filhos.

Claro que estas situações não são puras e muitas pessoas podem viver misturas, em vários graus de proporção, porém elas tem em comum o facto que o prazer do adulto tem precedência sobre as necessidades da criança, tanto no presente como no futuro. Ou seja estamos diante de uma cultura do egoísmo.

A Criança como objecto a serviço de seu progenitor, é um corrente central de nossa cultura, que as vezes se manifesta de modo evidente, como no caso de abandono de cadáveres de bebes pelos pais, noticiados pelo Novo Jornal e Jornal de Angola, em varias ocasiões, que revela uma falta de amor, como se tratasse apenas de a sucata de uma carro acidentado. Pelo contrario deveríamos ter uma relação de amor e sacrifício pelos filhos, sendo que apenas culturas com este impulso acabam criando prosperidade e paz de espírito.

Pode se contrapor que as pessoas tem o direito de escolher seu modo de vida, mesmo que seja egoísta e causa e o sofrimento de sua própria progenitura, porém há dois problemas criados a nível da comunidade, no foro moral e económico.


No foro moral, os problemas causados pela aumento da população pobre constitui uma fonte constante de desmoralização da sociedade, especialmente de sua parte productiva, que é acusada de se a causa do males dos pobres e que fica ainda mais desmoralizada quando os programas de ajuda aos pobres falham, porque não agem sobre a causa do problema, o pobre.

No foro económico, os hábitos de reprodução da economia de subsistência, quando praticados em uma economia moderna, cria uma larga população de pessoa quase humanas, que são economicamente incompetente, pois não conseguem produzir o que querem consumir, ao mesmo tempo que tem vêem, seja na parte saudável da sociedade ou nas imagens de outros países, modos de vidas mais agradáveis, vivendo assim em constante estado de angustia emocional. Esta condição de quase humanidade é causa pela sub-alimentação, que impede o cérebro de atingir seu tamanho máximo, o que limita de maneira duradoura a inteligência potencial destas pessoas, e pela sub-educação, tanto familiar como escolar, que não permitem a estas pessoas desenvolver personalidades capazes de lidar com os problemas da existência moderna.

Infelizmente, tudo que eu disse será ignorado por quem, não vendo forma de culpar o governo no que eu escrevi, vai começar a gaguejar sobre “políticas publicas e direitos fundamentais”, porque o que não tem aproveitamento político não existe …


As políticas Publicas e os Direitos fundamentais, naquilo que podemos chamar de Estado Assistencial, surgiram depois das economias dos respectivos países terem atingindo uma alta produtividade económica, sendo que em Angola queremos colocar os bois antes da carroça.

Pior, vou ser acusado de “atacar os pobres”, outro sacrilégio da mente viciada pela droga da conquista do poder, ou de advogar a instituição de políticas autoritárias no estilo da China comunista, com sua política de criança única, porém bastaria mudarmos a nosso discurso a volta de nossa cultura, deixando de ver a pobreza como uma malefício causado por terceiros, a sociedade ou o governo, mas a consequência de nossas acções, seja a nível individual como familiar, sendo que isto terá o beneficio de obrigar as pessoas a arcar com as consequências de suas acções quando agora vivem em condição de inocente beatitude, sendo a maioria irá provavelmente ajustar o seu numero de filhos de acordo a seu potencial económico. Esta cultura de responsabilidade também terá efeitos positivos na parte da população que não é pobre, mas isto será discutido em outro texto.

Para concluir, a pobreza não é uma situação anormal em Angola, pois uma boa parte da população mantém uma cultura que é incompatível com a prosperidade moderna, veja o mesmo texto: A pobreza é anormal em Angola ?.

Sim, o povo esta cansado de sofrer, o problema é o povo está cansado de não ter aquilo que não consegue ter, pois seus actos cultivam a pobreza, como escrevi no meu texto: O povo está cansado de não ter aquilo que não consegue ter.

Porém a parte “esclarecida da sociedade” ao invés de esclarecer seus conterrâneos sobre as causas de sua pobreza, lhes lembrando que, nas palavras de Ortega e Gasset, que “a vida é o que fazemos e o que nos acontece”, lhes diz que seus actos não tem importância. A política em Angola se resume a excitar as frustrações do pobre, lhes lembrando de seus problemas sem lhe dar as ferramentas para os resolver, de modo que seja um escadote para a ascensão ao poder de uma facção.

A próxima vez que um mendigo te pedir esmola ou um pobre te pedir ajuda, pergunte a ele quantos filhos tem e quando é vai fazer planeamento familiar, pois não é a tua responsabilidade de o ajudar a escapar da consequência de seus actos.

Notas sobre a entrevista de Vladimir Putin com Tucker.

A entrevista de Putin com Tucker teve 150 Milhões de visualizações nas primeiras 24 horas de sua publicação no Twitter:

A entrevista começa de modo icónico, e que esta a ser inspiração para memes e por isto ficara gravada na memoria mundial, em que Putin pede um minuto para dar contexto histórico e acaba dando uma aula sobre a historia da Rússia … ele poderia ter sido mais eficiente dizendo que a Ucrânia é um Estado artificial criado pelo Governo Ilegitimidade de de Lenine e que terras Russas, como a Crimeia, foi adicionadas a este pelo Ucraniano Kurshev, teria sido mais honesto porém os mitos são amaras que criam raízes na carne, as retirar pode ser doloroso, e muitas vezes o Putin fala em “motivos inexplicáveis” das acções de governos anterior da Rússia e da URSS porque as explicar seria outro problema. Sendo que a Rússia abraça legados contraditórios de sua historia, como no caso de soldados trajando, simultaneamente, as bandeiras da Rússia Imperial, da URSS e da Federação Russa … partilhando com Ocidente, uma obsessão pela Segunda Guerra Mundial, como se nada antes existisse.

Porém, o preâmbulo sobre historia antes de explicar seus motivos para tomar a decisão de invadir a Ucrânia parece excessivo, e quase cómico, quando não se sabe que Kiev reivindica não apenas sua independência mais o lugar de Moscovo, como representante legitimo do Povo Eslavo, colocando assim em causa a legitimidade do Estado Russo, e não apenas do Governo de Putin, sendo que estamos mais próximos de uma dinâmica similar ao conflito entre a Republica Popular da China e a Republica da China (Taiwan), ou as duas Correias, do que de um mero conflito territorial.

O video “Theft of millennia: how Moscovia rebranded itself as ‘Russia’ ” é um exemplo desta rethorica.

Diante desta realidade, é natural que Putin sinta a necessidade de apresentar uma visão da historia que defenda a legitimidade, não apenas de sua decisão, mas da existência do próprio Estado Russo… mesmo que parece um lunático da FLEC a falar Simbulabuco para justificar seu movimento separatista.

Putin finalmente chega as causas “imediatas da guerra”, do ponto de vista de equilíbrios geopolíticos embalsamados no “realismo”, longe do romantismo ocidental de um “Putin Louco” e uma “defesa da democracia ucraniana”, sendo que o Presidente Russo diz ter tomado a decisão de tomar invadir a Ucrânia por causa de primeiro, dos repetidos golpes promovidos pelo Ocidente (NATO) para instalar governos avassalados na Ucrânia, culminando na revolução de Maidan, e ascensão do Zelensky ao Poder, que apesar ser eleito com uma programa pela paz e reconciliação com a Rússia, foi abrigo a adoptar uma postura hostil por um governo militar oculto as ordens da NATO.

Documentário do Vice :

Segundo, a campanha militar do Estado Ucraniano contra Russos Étnicos, inicialmente dissidentes e depois separatistas, em uma dita “Operação Anti-terrotista (ATO)” que viu-o o bombardeio de cidades do Donbas pela aviação e artilharia de Kiev. Recomendou o livro “85 Days in Slavyansk”, escrito por uma testemunha ocular, reconta esta guerra convencional que acabou com a derrota do exercito de Kiev.

Terceiro, diante da impossibilidade de continuar a guerra contra os separatistas do Donbas, por conta da intervenção diplomática Russa e da ameaça de uma intervenção de suas forças, que foi materializada em parte com a tomada da Crimeia, os Ucranianos iniciaram um programa de mobilização com ajuda directa da NATO para retomar o Donbas pela força, recusando-se a cumprir os vários acordos de paz, assinados entretanto, até ter as forças suficientes para atacar.

Quarto, a existência de uma corrente neo-nazista na Ucrânia é inaceitável para a Rússia, hostil aos Russos da Ucrânia e da Rússia.

Em suma, Putin invadiu porque as tentativas de negociação com o governo Ucraniano foram infrutíferas e que este se preparava para levar a cabo uma guerra de agressão contra os Russos da Ucrânia e na Rússia, porém não aceita que seja uma guerra entre povos, pois na visão dele os dois povos estão tão entrelaçados que estamos diante de uma cenário de guerra Civil, em duas partes do povo Russo.

A entrevista de Vladimir Putin com Tucker Carson é histórica em vários níveis, não apenas pelo momento icónico em que Putin pede um minuto para dar contexto histórico, para explicar sua decisão de invadir a Ucrânia, e acaba dando uma aula de 30 minutos sobre a historia da Rússia. Primeiro porque consagra e oficializa a o formato digital, que livre das limitações de uma grelha de 24 horas, que eram antes técnica mas que ao longo do tempo permitiu criar uma forma de censura pelo culto da brevidade e o critério de relevância, com o jornalista tendo o poder de decidir que tópicos vão ser vistos pelo publico, e com que frequência. O facto do conteúdo estar a qualquer momento e que poder ser consumido sem interromper as actividades diárias, como acontecia com a televisão, permite uma explanação plena e sem possibilidade de manipulações pelos Jornalistas.

A entrevista de Putin com Tucker tem um precedente na entrevista que Donald Trump concedeu a Alex Jones, que foi a primeira oportunidade que ele teve de fala abertamente ao publico América,aumentando sua popularidade até conquistar a presidência.

A reacção ocidental tem sido meio que histérica,com o deputado Europeu Guy Verhofstadt e jornalistas declaram que a entrevista era “anti-democratica” porque Putin podia falar directamente com o publico ocidental e ex-primeiro-ministro Britânico Boris J. a chamar o Tucker de “traidor”.

Claro que isto é uma calunia histérica, afinal outros jornalistas já arriscaram a vida para entrevistar lideres inimigos em tempo de guerra, por exemplo Stoddard na segunda guerra mundial.

Este sensacionalismo Ocidental se manifesta até no próprio Tucker, quer pergunta diz ao que Putin que este “parece amargurado…” e este responde que “não é amargura, é apenas uma declaração de um fato. Não somos noivos.”, ou seja o Ocidente supostamente racional e pragmatista, se sente mais confortável no discurso das emoções, com heróis e vilões, do que no mundo dos factos e da racionalidade, exigindo que seus adversários ficam em silencio enquanto são caricaturados. Lembram-se quando a França foi objecto de chacota por se opor a invasão Americana da Iraque ? Taxados de Ingratos, covardes resgatados pelos corajosos Americanos na Segunda guerra Mundial, por apenas pedir provas concretas da existência das supostas armas de destruição em massa do Saddam Hussein … Emoções acima de evidencias.

A histeria é justificada, pois a entrevista quebra a imagem de Putin criada pela media ocidental, de um ditador louco que quer conquistar a Ucrânia e depois o mundo, pois Putin dá as suas razões e prova assim que há possibilidade de negociações, enquanto que o ex-primeiro ministro Britânico quer transformar isto em uma cruzada contra o mal em que não há negociações !

Outros momentos interessantes da entrevista foi o Putin a explicar ao Tucker que não importa apenas as qualidades individuais e Opiniões de um Chefe de Estado, mas também da Elite a sua volta, ou seja o Estado e Governo, que devem estar de acordo com este para que suas decisões sejam implementadas. A serie “Yes Minister & Prime Minister” é um excelente documentários sobre o tópico.

A entrevista pode ser uma tentativa, por parte de uma facção das Elites Americanas, de efectuar o pivot para Ásia, anunciado pelo Obama e executado pelo Trump, de modo a lidar com a ascensão Chinesa, e que seria possível por meio de uma paz negociada com a Russia na Europa do Leste. Sendo que o próprio Putin sugeriu, explicitamente e depois com piadas, que Tucker é um agente da CIA e por isto representante desta mesma Elite, o que não é uma ideia extravagante pois o seu pai foi director da Voz da América e o controle secreto da media pelo Estado é uma pratica normal do Ocidente.

Claro que o Putin tem uma agenda e objectivos de propaganda, com a entrevista sendo direccionado a um publico Russo, porém isto a torna mais autentica, até porque parece que Putin, contrariamente a Biden, não estava a ser auxiliado por um assessor, por meio dos auriculares, que pareciam ser apenas para tradução, pois este o teria dito para parar de se perder na aula de historia.

Este pivot estratégico para o Oriente esta no interesse Russo, pois os BRICS não é uma aliança viável que permita a Rússia enfrentar a hegemonia Americana, com interesses incoerentes e problemas internos graves, sendo que a Rússia não tem interesse em um campanha anti-Americana no estilo da Guerra Fria e quer paz na Europa sob condição que afaste o perigo Ucraniano, militar e subversivo, e finalmente porque os EUA ainda tem a iniciativa estratégica pois a Rússia foi incapaz de conseguir uma vitoria convincente na Ucrânia que posso preservar forças suficientes para conseguir uma vitoria decisiva com a NATO na Europa do Leste, o que requereria uma conquista dos países Bálticos e a destruição das forças da NATO estacionadas na Polónia, para evitar que a Bielorrussa seja uma segunda Ucrânia. Em suma, uma vitoria Americana é possível apesar de uma derrota na Ucrânia, pois o objectivo dos EUA é manter usa hegemonia global, que é realmente ameaçada pela China, sendo que a mobilização massiva Russa actual não teria sido possível sem uma resposta Chinesa em tempo de pais, sendo que Washington precisa apenas criar a oportunidade para um conflito entre os dois colossos da Ásia, com a Rússia tendo muito mais a ganhar recuperando Porto-Arthur do que Vilnius, para depois colher os frutos, como aconteceu na segunda guerra mundial.

Escrevi sobre o assunto no texto abaixo:

Angola esta posicionada para colher os benefícios de uma vitoria Americana sem ter de tomar uma postura agressiva contra a Rússia, e recusando de aderir a moda dos BRICS, isto é vantajoso porque um futuro governo da China que seja pro-ocidental, se Taiwan tomar o controle do resto da China depois de uma vitoria dos EUA, poderia por exemplo perdoar parte da divida Angolana. Angola é o único pais de grandes dimensões com um Estado funcional na África Austral e Central, especialmente com a implosão da África do Sul, que descrevi no texto abaixo:

A claque patrocinada e a volta dos maus hábitos.

A claque patrocinada e a volta dos maus hábitos.

Um vídeo do comediante Calado Show anunciou a iniciativa publica, por meio da TAAG and do BCI, de se levar uma claque de 440 pessoas para o jogo decisivo contra a Nigéria, nos trazer de volta aos maus hábitos do movimento espontâneo dos anos JES. Afinal as pessoas que parecem ser escolhidas, como o próprio Calado Show, tem dinheiro para fazer turismo no Dubai, porém não tem a cultura de visitar outro pais Africano ao menos que seja pago pelo cofres do Estado ?

É que na costa do Marfim, em África, as pessoas podem pegar o seu dinheiro e ir lá passar umas férias para assistir o jogo. Porque eu acho até que é Coisas de Matumbos achar que a única forma de turismo é ir ao Dubai. Não é possível.

O turismo é visitar qualquer lugar diferente. Pode não ser um lugar agradável, como disse aí o presidente, alguns turistas gostam de apanhar um pouco de poeira e fazer safari. Aliás, algumas pessoas em Angola fazem isso, como é que se chama aqui? Os amigos da picada, né? Os motoqueiros, tem também os anjos bantus, eles só gostam de pegar a estrada que tem algum buraco para sentir a velocidade.

Então, podemos também criar a cultura de assistir os CAN com o nosso próprio dinheiro e fazer um pouco de turismo. A TAAG e as agências de viagens, com financiamento dos bancos, deveriam criar pacotes turísticos que permitam a alguém assistir de forma cómoda estes jogos, tratando de tudo desde o visto até o regresso a casa, melhor do que voltar dependência dos subsídios do governo para o fomento do desporto.

Vamos voltar naquele velho hábito de o governo precisa aumentar isso, o governo precisa aumentar isso. Aquela velha máxima que acontece com músicos, que acontece com desportistas, que acontece com acontece com todo mundo que acham sempre que o governo deveria preparar um bolo para suprir quase todas as áreas sociais, incluindo áreas como cultura, desporto. É justamente o que estamos a tentar eliminar, que é algo que já vem tocado no ponto há muito tempo de que deveria começar a se implementar de forma privada.

Se você torce pela sua selecção, se você apoia a selecção, você tem condição de ir apoiar a selecção , use seu dinheiro, seus meios e vai. Do mesmo jeito que qualquer pessoa faria com seu clube cá internamente. Pode ser que nunca tem valor incerto para chegar num estádio, pegar táxi, ir para um estádio comum e de novo entrar para ver o jogo.

E ele torce para o seu clube a partir de casa ainda cá internamente. E aquele que não aceita perder nenhum jogo. Eu vou pagar um bilhete da bancada, vou levar meus meios de cerveja, vou apoiar o meu clube mesmo aí no campo.

Como é que você vai incentivar a prática do desporto se as pessoas não têm um amor fanático pelo desporto? Isso é simplesmente impossível. Estes adeptos de escritório, escolhido a dedos, não trazem vida ao campo. Se há de ter uma claque publica, que seja de pessoas directamente ligadas ao desporto, por exemplo de claques reconhecidas de equipes do Girabola, de jovens que evoluem nas escolas de futebol, para que possam ver de perto seu sonho.

Sobre os presentes aos Jogadores da Seleção Nacional de Angola.

Sobre os presentes aos Jogadores da Seleção Nacional de Angola.

No encontro com a juventude angolana, alguém perguntou ao Presidente JLO o que faria sobre a suposta falta de apoio ao desporto nacional, sendo que este respondeu que o apoio ao desporto tem que ser feito pelo setor privado, por meio de empresas que patrocinem os jogadores e as equipes, porem teve de parar a explicação neste momento, obviamente porque ele tinha um tempo limitado, mas eu vou tentar desenvolver. Por deveria se usar o incentivo privado para o desporto ? Porque permite uma ligação transparente e duradoura entre o desempenho dos atletas e seus adaptos, pois os atletas têm um incentivo de mostrar resultados para criar uma imagem positiva a qual as empresas vão querer se associair, por meio de patrocínios, sendo que os os adeptos têm a oportunidade de mostrar que a sua paixão pela sua equipe é sincera. Como? Apoiando as empresas que patrocinam os altetas ou comprando merchandising, comprando os produtos das próprias empresas, por exemplo a Lacatoni, a empresa de moda. Se gostaste do desempenho da Seleção Angolana, compra equipamento da Seleção dos Palancas Negras da Lacatoni, compra alguma coisa da Lacatoni para mostrar o teu apoio.

Ou seja, esse sistema permite que haja transparência e permite sinceridade, tanto nos patrocinadores como nos jogadores, como no público. Porque a alternativa que é simplesmente o apoio público ilimitado não tem transparência e não tem sinceridade. É fácil você dizer que você apoia os Palancas Negras e que deveria se dar, sei lá, um milhão de dólares para cada jogador quando aquele dinheiro não sai do teu bolso.

É fácil você ser generoso com o dinheiro do outro. Então, enquanto que se você tiver que comprar algo do patrocinador, você está a ter um contributo sincero. O que aconteceu com o presente do BAI, dos 5 milhões de kwanzas em caso de vitória contra a Namíbia, foi uma forma incompleta deste apoio.

Por que eu digo que é uma forma imperfeita? Porque você veja, algumas pessoas estavam aí até uns fazendo piada, mas outros falando seriamente que o BAI teria um prejuízo por causa dos quase 200 milhões de Kwanzas que teria que pagar aos jogadores e aos membros da equipe técnica por conta dessa promessa. Só que as pessoas que dizem isso simplesmente não são informadas ou são pessoas que porque na sua vida pessoal mil Kwanzas é muito dinheiro, eles pensam que mil Kwanzas é muito dinheiro para todo mundo. Do mesmo jeito que é mal um rico não conseguir perceber que haja alguém que tem uma vida diferente por ser pobre, o inverso também não é salutar.

Porque o BAI gastou, creio que foram 3,5 mil milhões de Kwanzas em publicidade no ano de 2022. E eu creio que ninguém se lembra de uma campanha publicitária que o BAI fez em 2022. Porém, eu tenho a certeza que até 2040 as pessoas vão se lembrar que naquele jogo em que a Angola pisou a Namíbia o BAI ofereceu 5 milhões de Kwanzas a cada jogador.

Então, você vê que os 200 milhões de Kwanzas é um preço baixo pela fama que o BAI vai ganhar com esse desempenho. Mas aí está o problema, que é o seguinte, você vê que várias outras empresas seguiram a bala do BAI. E, por exemplo, acho que o PCA da UNITEL ligou para os jogadores para oferecer um iPhone.

O Banco KEVE também disse que ia oferecer dinheiro. E os jogadores começaram a receber chamadas com ofertas de presentes.

O primeiro problema reside no facto que empresas definemde modo unilateral qual é o valor da imagem dos Palancas Negras, seja a titulo individual ou colectivo, quando um contrato de patrocinio teria este valor definido por negociação entre as duas partes, e pela concorrencia entre as empresas que queiram patrocinar. Sendo que já tive um patrocinio de 100 milhões de cuanzas pela Lacotini, não vou aceitar menos que este valor, especialmente se meu desempenho desportivo é bom e tem outras empresas estão dispotas a dar mais. Podes negociar deste jeito quando o “apoio” é feito na forma de presentes ? “O PCA da UNITA me deu um iPhone 14 Pro Max, eu espera mais da Africel !”. A UNITA gastou 2 milhões de kwanzas para patrocinar um show da Nicki Minaj em Angola, mas quer offerecer um plano boss e um telefone das miúdas do Game ao nossos herois ?

O segundo problema reside no facto que os presentes aumentam apenas o perfil da empresa e não do jogador contrariamente ao patrocinio, em que o patrocinado tem que exercer funções publicitarias que torna a sua marca mais valiosa para o próximo patrocinador, afinal ele imprime sua imagem na imaginação popular e tem uma prova tangivel de sua popularidade. Cada spot encenação publicitaria proposta ao Christiano Ronaldo é feita na base das encenações passadas, tanto na nível de seu talento como de seu efeito publicitario. Se aumentaste as vendas de teu ultimo patrocinador por cinco porcentos, tens uma base para negociar teu próximo patrocinio .

O terceiro problema esta na questão da desorganização, porque eles estão numa fase que requer concentração e introduzir factor estrangeiros ao jogo, que possam influenciar seus calculos em campo, pode desfazer o trabalho da equipe tecnica.

Na verdade, esse patrocínio que parece ser muito para as pessoas normais, é pouco dinheiro por conta do dinheiro gasto por essas empresas e da fama que eles vão adquirir com isso. Uma analogia simples seria ver isto como a differença entre namoro e casamento.

O que o BAI fez é simplesmente um namoro com a seleção. Gastou 200 milhões de Kwanzas e vai estar gravado na memória coletiva de Angola para sempre. E as outras empresas, vendo o bom negócio publicitário, tentaram seguir a bala.

Mas, enquanto que se os jogadores forem sábios, ao invés de aceitar este simples namoro, esse lance, pediriam um casamento. O que seria um casamento? Aquilo que a Lacatoni fez. Que é você ter um contrato de patrocínio a tempo determinado, com objetivos claros e um montante determinado. Fariam como o Cristiano Ronaldo, que retirou a garafa que estava na sua mesa de conferencia de imprensa porque não estava a ser remunerado.

Porque o seguinte, a Lacatoni vai estar associada a esse desempenho da seleção neste canto também, porque até o equipamento é tão icônico que todo mundo vai saber que este é o equipamento da vitória sobre a Namíbia. Porém, quando a seleção decidir trocar de patrocinador da Lacatoni para outro patrocinador, este outro patrocinador vai poder, digamos, ter também a chance de criar o seu momento. Então a seleção consegue vender de novo essa imagem.

A forma só que tem que ser aperfeiçoada. A forma eu creio que tem que ser em patrocínios de longo prazo. Tanto para a seleção ou para os jogadores de modo individual.

Até porque para os próprios jogadores, isso permitiria criar a sua própria marca. Veja, por exemplo, o Cristiano Ronaldo iria aceitar receber, sei lá, boxers, um número ilimitado de boxers durante um ano porque ganhou um jogo ou iria pedir para ser a cara de uma marca de boxers? Fazendo spot publicitário e tudo.

Os jogadores do Barcelona, por exemplo, a equipa como um todo está associada ao Spotify, que é uma empresa de streaming. Estão associadas a Beco, que é uma empresa de eletrodoméstico.

Por exemplo, alguns jogadores como o Leonel Mendes estão associados às batatas fritas live. Tem aqueles contratos de materiais desportivos com marcas como Nike. O Cristiano Ronaldo e o Messi estão associados a marcas como Louis Vuitton que é onde saiu aquele ensaio fotográfico recente.

E é por aí onde vai. E só dessa forma, com esses contratos, com essas associações com marcas, com dinheiro para investir e que, de certa forma, estão, de facto, a correr risco ao colocarem o seu dinheiro, que é o que vai incentivar os jogadores, de certa forma, a se esforçarem. Porque normalmente o que é que acontece? Esses jogadores, os produtos na qual eles estão associados, vendem mais durante o seu auge.

Então, eles vão ser incentivados, de certa forma, a se esforçarem, a estar cada vez melhor, seja de maneira física, tática, para que possam não só ter um desempenho bom com a equipa, mas que os contratos daqueles que lhes foram oferecidos possam ser mantidos, porque esses contratos normalmente dependem também do seu desempenho durante a sua carreira. E sem falar que essa é uma boa maneira também, uma boa maneira de humanizar o próprio desporto, aproximar das pessoas, que é isso que o Petro de Luanda vem fazendo recentemente. Eles resolveram que a cada onda de marketing do Petro de Luanda, seja, por exemplo, para a produção de novos equipamentos, isso aí de maneira orgânica, decidiram adquirir e, tipo, vamos para o clube e esse equipamento é bonito e por aí vai.

Quantos jogadores angolanos receberam dinheiro de oferta durante esses anos todos? Dezenas.

O que é que isso trouxe de positivo para os jogadores e para a própria sociedade? Não trouxe nada. Porque você vê, por exemplo, os jogadores a receberem um iPhone e um ano grátis de comunicação da Unitel, aquela oferta da Unitel, o que é que traz de positivo para o jogador? Nada. É simplesmente alguém que anda com um iPhone e que não paga saldo durante o ano. O Sayovo e o Akwa receberam presentes no auge, porém conseguiram converter isto em valor a longo prazo ?

A Unitel, pelo contrário, fica com a fama de que ofereceu o iPhone aos jogadores. Enquanto que, se houvesse um contrato de patrocínio, os jogadores fariam spots publicitários, fariam atividades que lhes permitissem criar a sua própria marca e acumular também experiência do seu lado. Além de que, com o contrato de patrocínio, você pode ter um prestágio diferenciado do patrocínio.

As pessoas estão simplesmente a pensar desde o ponto de vista da sua pobreza individual, que até o problema não é ser pobre, o problema é o provincialismo mental, que é você imaginar que a sua vida, que você vive, é universal para todos os outros seres humanos. Se para ti um iPhone é muito, você acha que o iPhone é muito para todo mundo. Porque, veja, com o contrato, com a formalização dos patrocínios, o que é que vai acontecer? Se você quer um spot publicitário e um preço, se quer estar no equipamento da Seleção Nacional de Angola, é outro preço.

Se quer simplesmente ser mencionado como um dos patrocinadores em conferência de imprensa, outro preço. Se quer o seu produto por cima da mesa enquanto os jogadores fazem entrevistas, é outro preço. E você vê que essas empresas estão a correr a fazer isso, porque, na verdade, essas ofertas que eles estão a fazer de Ginguba, é muito mais barato do que eles fazerem contratos.

A primeira pessoa que me despertou ao problema que estava a acontecer foi o jornalista Manuel Cabingano, que esta por isto a ser taxado de invejoso.

Só estou feliz que a Cuca não fez uma oferta de cerveja limitada para a Seleção, senão poderíamos esquecer o desempenho dele para o próximo Can. Nem para o próximo Can, para esse mesmo, porque estariam com tanta pressa de voltar para viver, que iriam perder de propósito para regressar ao país, não conseguiriam esperar até a final.

A direção é certa, a forma que está acontecendo é meio que caótica e anarquista mas a direção é certa e eu acho que por exemplo, a Lacatoni provavelmente vai ter grandes vendas de equipamento de roupa relacionado com o desempenho da Seleção, sendo que há uma boa oportunidade da FAF penhorar o lugar de patrocinador principal caso a Seleção chegue ao mundial, o que é bem provável, tendo em conta o seu bom desempenho.

Exemplos de Angolanos a celebrar o suposto “apoio”:

160 mil Angolanos apoiaram roubo da reputação da seleção pela UNITEL, a preço de banana, a empresa que pagou o preço justo pela Nicky Minaj !