Angolano não muda de vida ao emigrar.

Me mostra quem é que foi lá fora e a vida mudou.

Você é um pobre aqui, vai lá fora e continua sendo um pobre lá fora. Um pobre com acesso ao autocarro, passeio, água na torneira.

Naice Zulu:

O Naice Zulu esta certo em suas palavras, sendo que basta se usar meios indirectos para avaliar o desempenho económico dos emigrantes Angolanos.

Primeiro, os Angolanos da diáspora enviam pouco dinheiro para Angola, apenas 12.6 milhões USD em 2021 e 13.9 milhões USD em 2022, isto para um universo de aproximadamente 380.000 Angolanos a viver no exterior, segundo um relatório do “Migration Policy Institute” de 2020, ou seja apenas 35$ por Angolano no Exterior.

Segundo, não há evidencia de excelência económica dos emigrantes Angolanos, por exemplo Angolanos não constam da lista de estrangeiros empregadores em Portugal, apesar de contar com uma comunidade de 32.000 pessoas com uma longa historia e similaridade cultural, sabendo se que em 2020, os brasileiros representaram 26,7% e os chineses 16% dos imigrantes empregadores em Portugal. Nas posições seguintes apareceram franceses (5,7%), seguidos de britânicos (5,2%), espanhóis (4,9%), ucranianos (3,2%), italianos (3,1%), alemães (3%) e indianos (2,6%).

Nos EUA, os Nigerianos são um imigrantes com rendimentos mais altos, qual é a posição económica dos Americanos ?

Sim, o Puto Prata, colega do Naice que virou operador de empilhadora nos EUA, esta a “mostrar maquinas na America”, só que ter um carro daquele tamanho nos EUA é algo normal para pessoa pobre, pois a venda de bens de luxo para pobres é uma táctica de negócios normal na América, com os ricos muitos vezes tendo gostos mais modestos, sendo que os lares com rendimentos anual abaixo de 50.000$ representam 27% dos compradores de bens de luxo, um grupo mais numeroso que os lares com rendimentos acima dos 150.00$ que consomem os mesmos produtos. O Livro “The Millionaire Next Door” é recomendado para quem quer entender paradoxo do pobre vivendo adornado de bens de luxo, pois os ricos são péssimos clientes de bens de luxo porque preferem guardar dinheiro para investir, preferindo ter uma vida modesta para ter dinheiro no futuro, enquanto que os pobres compram bens de luxo para demonstrar uma aparecia de opulência no presente, a custa da capacidade de ganhar mais no futuro . Recomendo este resumo do livro em dez minutos.

Uma parte dos Angolanos que emigram são na verdade expatriados, no sentido que seu estilo de vida não depende da economia do pais de residência. Os Angolanos expatriados em Portugal, usando o seus salários pagos em Angola, não conseguiriam sustentar seu estilo de vida se estivessem a trabalhar em Portugal, pais aonde a media salários é baixa, sendo que não faz sentido dizer que “mudaram de vida para melhor”, pois se tivessem que trabalhar em Portugal mudariam de vida para pior, não estando muito diferentes dos Angolanos que vivem de apoios sociais, na sua incapacidade de usufruir do estilo de vida desejado no pais de residência. O pobre continua pobre, e a pessoa de classe media só continua na classe media mediante rendimentos usufruídos em Angola.

Apesar da retórica vista nas redes sociais, os Angolanos não fazem emigração por desespero, afinal não estamos entre as nacionalidades que tentam emigrar por rotas perigosas, com risco de vida como pela Líbia, risco alto de fracasso por deportação, o perfil do emigrante Angolano é de alguém que pede um visto e viaja de avião.

Isto mostra que a retórica da “fuga de cérebro” não tem base na realidade, pois o Angolano emigra maioritariamente para países com economia estável aonde pode usufruir um estilo de mais confortável estando na mesma classe social. Qual é a proporção de Angolanos que emigram para países desconfortáveis a busca de oportunidades de negócios, como fazem, em Angola, os Oeste-Africanos ?

As paginas de rede social como emigrantes decisivos mostra um padrão de emigração longe do desespero:

O Angolano é emigrante do conforto.

Sim, vale a pena ser pobre na América do que em Angola, sim que o Naice tem razão, só mudaste de lugar aonde vais ser pobre, e quando as condições que criam teu conforto na emigração desaparecer, vais ter de voltar para Angola para continuar a ser o que sempre foste.

É. Se essa terra é nossa, nossos velhos lutaram por ela, nos ensinaram a lutar por ela, vamos ficar aqui. Tá difícil, tá difícil.

Me mostra quem é que foi lá fora e ficou fácil. Ninguém. Me mostra quem é que foi lá fora e a vida mudou.

Ninguém. Você é um pobre aqui, vai lá fora e continua sendo um pobre lá fora. Um pobre com acesso ao autocarro, passeio, água na torneira.

Naice Zulu, no Goza TV

Os riquezas de Luanda em uma foto.

Arquitectura de Luanda ao longo dos tempos 1880, 1930, 1960 e 2010, financiado respectivamente pela borracha, sisal, café, diamantes e finalmente pelo petróleo.

A propósito, qual seria o edifício mais antigo de Luanda ?

A torre do observatorio João Capelo que antes foi torre sineira da primeira Sé de Luanda

A claque patrocinada e a volta dos maus hábitos.

A claque patrocinada e a volta dos maus hábitos.

Um vídeo do comediante Calado Show anunciou a iniciativa publica, por meio da TAAG and do BCI, de se levar uma claque de 440 pessoas para o jogo decisivo contra a Nigéria, nos trazer de volta aos maus hábitos do movimento espontâneo dos anos JES. Afinal as pessoas que parecem ser escolhidas, como o próprio Calado Show, tem dinheiro para fazer turismo no Dubai, porém não tem a cultura de visitar outro pais Africano ao menos que seja pago pelo cofres do Estado ?

É que na costa do Marfim, em África, as pessoas podem pegar o seu dinheiro e ir lá passar umas férias para assistir o jogo. Porque eu acho até que é Coisas de Matumbos achar que a única forma de turismo é ir ao Dubai. Não é possível.

O turismo é visitar qualquer lugar diferente. Pode não ser um lugar agradável, como disse aí o presidente, alguns turistas gostam de apanhar um pouco de poeira e fazer safari. Aliás, algumas pessoas em Angola fazem isso, como é que se chama aqui? Os amigos da picada, né? Os motoqueiros, tem também os anjos bantus, eles só gostam de pegar a estrada que tem algum buraco para sentir a velocidade.

Então, podemos também criar a cultura de assistir os CAN com o nosso próprio dinheiro e fazer um pouco de turismo. A TAAG e as agências de viagens, com financiamento dos bancos, deveriam criar pacotes turísticos que permitam a alguém assistir de forma cómoda estes jogos, tratando de tudo desde o visto até o regresso a casa, melhor do que voltar dependência dos subsídios do governo para o fomento do desporto.

Vamos voltar naquele velho hábito de o governo precisa aumentar isso, o governo precisa aumentar isso. Aquela velha máxima que acontece com músicos, que acontece com desportistas, que acontece com acontece com todo mundo que acham sempre que o governo deveria preparar um bolo para suprir quase todas as áreas sociais, incluindo áreas como cultura, desporto. É justamente o que estamos a tentar eliminar, que é algo que já vem tocado no ponto há muito tempo de que deveria começar a se implementar de forma privada.

Se você torce pela sua selecção, se você apoia a selecção, você tem condição de ir apoiar a selecção , use seu dinheiro, seus meios e vai. Do mesmo jeito que qualquer pessoa faria com seu clube cá internamente. Pode ser que nunca tem valor incerto para chegar num estádio, pegar táxi, ir para um estádio comum e de novo entrar para ver o jogo.

E ele torce para o seu clube a partir de casa ainda cá internamente. E aquele que não aceita perder nenhum jogo. Eu vou pagar um bilhete da bancada, vou levar meus meios de cerveja, vou apoiar o meu clube mesmo aí no campo.

Como é que você vai incentivar a prática do desporto se as pessoas não têm um amor fanático pelo desporto? Isso é simplesmente impossível. Estes adeptos de escritório, escolhido a dedos, não trazem vida ao campo. Se há de ter uma claque publica, que seja de pessoas directamente ligadas ao desporto, por exemplo de claques reconhecidas de equipes do Girabola, de jovens que evoluem nas escolas de futebol, para que possam ver de perto seu sonho.

Sobre os presentes aos Jogadores da Seleção Nacional de Angola.

Sobre os presentes aos Jogadores da Seleção Nacional de Angola.

No encontro com a juventude angolana, alguém perguntou ao Presidente JLO o que faria sobre a suposta falta de apoio ao desporto nacional, sendo que este respondeu que o apoio ao desporto tem que ser feito pelo setor privado, por meio de empresas que patrocinem os jogadores e as equipes, porem teve de parar a explicação neste momento, obviamente porque ele tinha um tempo limitado, mas eu vou tentar desenvolver. Por deveria se usar o incentivo privado para o desporto ? Porque permite uma ligação transparente e duradoura entre o desempenho dos atletas e seus adaptos, pois os atletas têm um incentivo de mostrar resultados para criar uma imagem positiva a qual as empresas vão querer se associair, por meio de patrocínios, sendo que os os adeptos têm a oportunidade de mostrar que a sua paixão pela sua equipe é sincera. Como? Apoiando as empresas que patrocinam os altetas ou comprando merchandising, comprando os produtos das próprias empresas, por exemplo a Lacatoni, a empresa de moda. Se gostaste do desempenho da Seleção Angolana, compra equipamento da Seleção dos Palancas Negras da Lacatoni, compra alguma coisa da Lacatoni para mostrar o teu apoio.

Ou seja, esse sistema permite que haja transparência e permite sinceridade, tanto nos patrocinadores como nos jogadores, como no público. Porque a alternativa que é simplesmente o apoio público ilimitado não tem transparência e não tem sinceridade. É fácil você dizer que você apoia os Palancas Negras e que deveria se dar, sei lá, um milhão de dólares para cada jogador quando aquele dinheiro não sai do teu bolso.

É fácil você ser generoso com o dinheiro do outro. Então, enquanto que se você tiver que comprar algo do patrocinador, você está a ter um contributo sincero. O que aconteceu com o presente do BAI, dos 5 milhões de kwanzas em caso de vitória contra a Namíbia, foi uma forma incompleta deste apoio.

Por que eu digo que é uma forma imperfeita? Porque você veja, algumas pessoas estavam aí até uns fazendo piada, mas outros falando seriamente que o BAI teria um prejuízo por causa dos quase 200 milhões de Kwanzas que teria que pagar aos jogadores e aos membros da equipe técnica por conta dessa promessa. Só que as pessoas que dizem isso simplesmente não são informadas ou são pessoas que porque na sua vida pessoal mil Kwanzas é muito dinheiro, eles pensam que mil Kwanzas é muito dinheiro para todo mundo. Do mesmo jeito que é mal um rico não conseguir perceber que haja alguém que tem uma vida diferente por ser pobre, o inverso também não é salutar.

Porque o BAI gastou, creio que foram 3,5 mil milhões de Kwanzas em publicidade no ano de 2022. E eu creio que ninguém se lembra de uma campanha publicitária que o BAI fez em 2022. Porém, eu tenho a certeza que até 2040 as pessoas vão se lembrar que naquele jogo em que a Angola pisou a Namíbia o BAI ofereceu 5 milhões de Kwanzas a cada jogador.

Então, você vê que os 200 milhões de Kwanzas é um preço baixo pela fama que o BAI vai ganhar com esse desempenho. Mas aí está o problema, que é o seguinte, você vê que várias outras empresas seguiram a bala do BAI. E, por exemplo, acho que o PCA da UNITEL ligou para os jogadores para oferecer um iPhone.

O Banco KEVE também disse que ia oferecer dinheiro. E os jogadores começaram a receber chamadas com ofertas de presentes.

O primeiro problema reside no facto que empresas definemde modo unilateral qual é o valor da imagem dos Palancas Negras, seja a titulo individual ou colectivo, quando um contrato de patrocinio teria este valor definido por negociação entre as duas partes, e pela concorrencia entre as empresas que queiram patrocinar. Sendo que já tive um patrocinio de 100 milhões de cuanzas pela Lacotini, não vou aceitar menos que este valor, especialmente se meu desempenho desportivo é bom e tem outras empresas estão dispotas a dar mais. Podes negociar deste jeito quando o “apoio” é feito na forma de presentes ? “O PCA da UNITA me deu um iPhone 14 Pro Max, eu espera mais da Africel !”. A UNITA gastou 2 milhões de kwanzas para patrocinar um show da Nicki Minaj em Angola, mas quer offerecer um plano boss e um telefone das miúdas do Game ao nossos herois ?

O segundo problema reside no facto que os presentes aumentam apenas o perfil da empresa e não do jogador contrariamente ao patrocinio, em que o patrocinado tem que exercer funções publicitarias que torna a sua marca mais valiosa para o próximo patrocinador, afinal ele imprime sua imagem na imaginação popular e tem uma prova tangivel de sua popularidade. Cada spot encenação publicitaria proposta ao Christiano Ronaldo é feita na base das encenações passadas, tanto na nível de seu talento como de seu efeito publicitario. Se aumentaste as vendas de teu ultimo patrocinador por cinco porcentos, tens uma base para negociar teu próximo patrocinio .

O terceiro problema esta na questão da desorganização, porque eles estão numa fase que requer concentração e introduzir factor estrangeiros ao jogo, que possam influenciar seus calculos em campo, pode desfazer o trabalho da equipe tecnica.

Na verdade, esse patrocínio que parece ser muito para as pessoas normais, é pouco dinheiro por conta do dinheiro gasto por essas empresas e da fama que eles vão adquirir com isso. Uma analogia simples seria ver isto como a differença entre namoro e casamento.

O que o BAI fez é simplesmente um namoro com a seleção. Gastou 200 milhões de Kwanzas e vai estar gravado na memória coletiva de Angola para sempre. E as outras empresas, vendo o bom negócio publicitário, tentaram seguir a bala.

Mas, enquanto que se os jogadores forem sábios, ao invés de aceitar este simples namoro, esse lance, pediriam um casamento. O que seria um casamento? Aquilo que a Lacatoni fez. Que é você ter um contrato de patrocínio a tempo determinado, com objetivos claros e um montante determinado. Fariam como o Cristiano Ronaldo, que retirou a garafa que estava na sua mesa de conferencia de imprensa porque não estava a ser remunerado.

Porque o seguinte, a Lacatoni vai estar associada a esse desempenho da seleção neste canto também, porque até o equipamento é tão icônico que todo mundo vai saber que este é o equipamento da vitória sobre a Namíbia. Porém, quando a seleção decidir trocar de patrocinador da Lacatoni para outro patrocinador, este outro patrocinador vai poder, digamos, ter também a chance de criar o seu momento. Então a seleção consegue vender de novo essa imagem.

A forma só que tem que ser aperfeiçoada. A forma eu creio que tem que ser em patrocínios de longo prazo. Tanto para a seleção ou para os jogadores de modo individual.

Até porque para os próprios jogadores, isso permitiria criar a sua própria marca. Veja, por exemplo, o Cristiano Ronaldo iria aceitar receber, sei lá, boxers, um número ilimitado de boxers durante um ano porque ganhou um jogo ou iria pedir para ser a cara de uma marca de boxers? Fazendo spot publicitário e tudo.

Os jogadores do Barcelona, por exemplo, a equipa como um todo está associada ao Spotify, que é uma empresa de streaming. Estão associadas a Beco, que é uma empresa de eletrodoméstico.

Por exemplo, alguns jogadores como o Leonel Mendes estão associados às batatas fritas live. Tem aqueles contratos de materiais desportivos com marcas como Nike. O Cristiano Ronaldo e o Messi estão associados a marcas como Louis Vuitton que é onde saiu aquele ensaio fotográfico recente.

E é por aí onde vai. E só dessa forma, com esses contratos, com essas associações com marcas, com dinheiro para investir e que, de certa forma, estão, de facto, a correr risco ao colocarem o seu dinheiro, que é o que vai incentivar os jogadores, de certa forma, a se esforçarem. Porque normalmente o que é que acontece? Esses jogadores, os produtos na qual eles estão associados, vendem mais durante o seu auge.

Então, eles vão ser incentivados, de certa forma, a se esforçarem, a estar cada vez melhor, seja de maneira física, tática, para que possam não só ter um desempenho bom com a equipa, mas que os contratos daqueles que lhes foram oferecidos possam ser mantidos, porque esses contratos normalmente dependem também do seu desempenho durante a sua carreira. E sem falar que essa é uma boa maneira também, uma boa maneira de humanizar o próprio desporto, aproximar das pessoas, que é isso que o Petro de Luanda vem fazendo recentemente. Eles resolveram que a cada onda de marketing do Petro de Luanda, seja, por exemplo, para a produção de novos equipamentos, isso aí de maneira orgânica, decidiram adquirir e, tipo, vamos para o clube e esse equipamento é bonito e por aí vai.

Quantos jogadores angolanos receberam dinheiro de oferta durante esses anos todos? Dezenas.

O que é que isso trouxe de positivo para os jogadores e para a própria sociedade? Não trouxe nada. Porque você vê, por exemplo, os jogadores a receberem um iPhone e um ano grátis de comunicação da Unitel, aquela oferta da Unitel, o que é que traz de positivo para o jogador? Nada. É simplesmente alguém que anda com um iPhone e que não paga saldo durante o ano. O Sayovo e o Akwa receberam presentes no auge, porém conseguiram converter isto em valor a longo prazo ?

A Unitel, pelo contrário, fica com a fama de que ofereceu o iPhone aos jogadores. Enquanto que, se houvesse um contrato de patrocínio, os jogadores fariam spots publicitários, fariam atividades que lhes permitissem criar a sua própria marca e acumular também experiência do seu lado. Além de que, com o contrato de patrocínio, você pode ter um prestágio diferenciado do patrocínio.

As pessoas estão simplesmente a pensar desde o ponto de vista da sua pobreza individual, que até o problema não é ser pobre, o problema é o provincialismo mental, que é você imaginar que a sua vida, que você vive, é universal para todos os outros seres humanos. Se para ti um iPhone é muito, você acha que o iPhone é muito para todo mundo. Porque, veja, com o contrato, com a formalização dos patrocínios, o que é que vai acontecer? Se você quer um spot publicitário e um preço, se quer estar no equipamento da Seleção Nacional de Angola, é outro preço.

Se quer simplesmente ser mencionado como um dos patrocinadores em conferência de imprensa, outro preço. Se quer o seu produto por cima da mesa enquanto os jogadores fazem entrevistas, é outro preço. E você vê que essas empresas estão a correr a fazer isso, porque, na verdade, essas ofertas que eles estão a fazer de Ginguba, é muito mais barato do que eles fazerem contratos.

A primeira pessoa que me despertou ao problema que estava a acontecer foi o jornalista Manuel Cabingano, que esta por isto a ser taxado de invejoso.

Só estou feliz que a Cuca não fez uma oferta de cerveja limitada para a Seleção, senão poderíamos esquecer o desempenho dele para o próximo Can. Nem para o próximo Can, para esse mesmo, porque estariam com tanta pressa de voltar para viver, que iriam perder de propósito para regressar ao país, não conseguiriam esperar até a final.

A direção é certa, a forma que está acontecendo é meio que caótica e anarquista mas a direção é certa e eu acho que por exemplo, a Lacatoni provavelmente vai ter grandes vendas de equipamento de roupa relacionado com o desempenho da Seleção, sendo que há uma boa oportunidade da FAF penhorar o lugar de patrocinador principal caso a Seleção chegue ao mundial, o que é bem provável, tendo em conta o seu bom desempenho.

Exemplos de Angolanos a celebrar o suposto “apoio”:

160 mil Angolanos apoiaram roubo da reputação da seleção pela UNITEL, a preço de banana, a empresa que pagou o preço justo pela Nicky Minaj !

Sobre a viagem de João Lourenço para as Ilhas Seicheles

Sobre a viagem de João Lourenço para as Ilhas Seicheles,

O escândalo do ano, ou pelo menos o último, até que, porque faltam algumas horas para acabar, é que o João Lourenço foi passar ferias nas Ilhas Seicheles com 30 pessoas, pelo menos é assim que as pessoas estão a publicar nas suas redes sociais. Como se fosse algum tipo de escândalo, na verdade não é, o único escândalo aqui é a quebra do protocolo de segurança, porque este escândalo surgiu de uma fuga de informação em que a lista de passageiros foi vazada nas redes sociais. E a senhora que foi presa por cometer este crime, disse que foi um erro porque ela estava a tentar mandar a lista para o comandante de bordo utilizando o WhatsApp, que é uma quebra de sigilo, uma quebra de segurança. Ela devia ter usado um e-mail corporativo em que há controle na difusão das informações. Na verdade, também não é um escândalo porque o presidente está a viajar apenas com 10 familiares, alguns de seus filhos e seus netos.

As outras vinte pessoas são, na verdade, membros da equipe de apoio ao Presidente da República, contando seis membros da tripulação do avião, babás para as crianças, assistente para a Primeira-Dama e para o Presidente, o chefe da sua equipe de segurança e o chefe da Casa Civil.

Claro que isso custa muito dinheiro, viajar com trinta pessoas, mas não é nada estranho porque é responsabilidade do Estado angolano e no interesse de todos os angolanos que o Presidente da República esteja seguro, porque toda forma de atentado contra a segurança nacional do país, seja esta uma ameaça externa, como uma guerra, ou interna, como um golpe de Estado, terá na sua lista de ações possíveis.

Sendo que, se a segurança do Presidente da República for deficiente, torna se mais fácil o pais ser vitima de uma ação hostil. E essas ações hostis colocam, por definição, a vida dos angolanos em risco. Não apenas em risco de perder a sua vida, mas em risco de perder os seus bens e de ver o quadro legal do país alterado de maneira não consensual.

É responsabilidade do Estado o proteger e dar os meios de cumprir suas funções mesmo a distancia, logo foi acompanhado por 30 funcionários públicos, incluído o seu chefe da Segurança e o Director da Casa Civil. O Ekuikui pode nos dizer se Jonas Savimbi andava sem segurança e sem radio ?

Desempenhando as funções de Presidente da República, o cidadão João Lourenço tem o direito de gozar férias. Ainda mais, ele goza férias com os seus netos, tendo em conta a sua idade e o tempo limitado que lhe resta em terra. Este é um direito que não lhe pode ser negado e, aliás, é nossa responsabilidade garantir que ele possa gozar dos mesmos, pois estes são momentos preciosos para qualquer ser humano.

A lista vazada deixa-nos margem para desconfiar de que haja um segundo avião que seguirá para as Seicheles com o presidente. Porém, esta lista do avião B ainda não foi vazada. Isto deixa-me entender que este avião tem apenas pessoal de apoio, como equipe de segurança, equipe médica e equipe administrativa adicional de segundo escalão.

Então, contrariamente à impressão que os oposicionistas querem criar de que esta seja uma viagem exorbitante no estilo de Mobutu Sese Seko, que mandava vir bolos desde a Europa para ele comemorar os seus aniversários, estamos apenas diante de uma situação em que um avô quer desfrutar momentos de paz e de lazer com seus netos, aliás, num lugar que é bonito e de uma forma que devia ser incentivada aqui no nosso continente.

Este episódio nos diz muito mais sobre a mentalidade dos oposicionistas, sendo que eles são capazes de utilizar qualquer informação, seja ela verdadeira ou não, de modo a sujar a imagem do presidente e ganhar vantagem política. Tudo pela bancada, como consta em uma letra de kuduro.

Um video publicado pelo Nelito Ekuikui no Twitter (X) demonstra a forma do argumento:

A primeira questão que se coloca é que necessidade o Presidente da República tem de levar mais de 40 pessoas numa viagem privada de férias? Que necessidade tem ele num espaço tão caro que tem de fretar aviões pagos pelo nosso dinheiro, dinheiro do Estado, numa altura em que o nosso país atravessa uma crise financeira profunda? O Sr. Presidente tem o direito de passar férias com quem ele quiser, no espaço nacional ou internacional, desde que quem assuma as despesas são as suas poupanças dos salários. O Sr. Presidente não tem o direito de gastar dinheiros do horário público para convidar toda a sua família e embarcar para as ilhas do Seychelles. Não tem este direito.

Por quê? Ele é mero gestor e não tem o direito de gastar o dinheiro da Angola como bem entender. Esse é o primeiro ponto. Segundo, que necessidade o Presidente tem de levar o seu diretor de gabinete, de levar oficiais de campo, enfim, tudo isso numa visita privada? Se é visita privada, a visita do Sr. Presidente vai passar o final do ano, dias de férias, na República da Seychelles.

Logo, não tem razões de levar um aparato tão elevado para gastar dinheiro dos cofres da Angola. Portanto, os questionamentos que eu faço é quem está a pagar essa viagem do Presidente? Terá razões o Presidente de gastar rios de dinheiros para esta viagem que diz-se privada? Terá necessidade o Presidente de levar tanta gente para esta visita privada? Quando há gente a morrer de fome em Angola? Quando há gente que morre na porta dos hospitais? Governar é sensibilidade, é preciso ter alguma sensibilidade. Eu vi ontem o cumprimento do final de anos realizado na Cidade Alta, com toda a pompa e circunstância, dança, música, bebida.

Nelito Ekuikui, no X.

A hipocrisia esta no pico pois ao mesmo tempo que faz apologia da austeridade, sua colega Mihaela Webba defende o prémio de instalação de 20 milhões para deputados por cima do salário e dois carros (protocolar e de apoio) que gozam, como justificar isto? Tirando o Nuno Dala, que vivia na casa da mãe, a maioria são adultos que já tem casa própria antes do cargo.

Falando apenas, deixa de dizer não ao MPLA, muitas pessoas, a sociedade civil inclusive, diz que num país de tanta fome, tantas situações de dificuldade para o povo em geral, a UNITA validou, vai validar os 22 milhões de quasos para o início do mandato de um deputado, quando, na verdade, devia declinar, não validar e se calhar validar outros pontos, mas que pudesse então aí ser mais valia para o povo. Então, resumindo, por que que a UNITA validou os 22 milhões de quasos para o início do mandato de um deputado? Primeiro. Sendo que estamos num país com extrema pobreza, a sociedade civil.

Estamos num país com extrema pobreza e há necessidade de alterar a mentalidade das pessoas. Primeiro, por que que Angola está em extrema pobreza? Ok, por que doutora? Por que os dirigentes ganham mal e roubam em 2 milhões de quasos?

Webba sobre os 20 milhões.

Os mesmos deputados, incluindo os da oposição, ainda querem autonomia orçamental para aumentar seus salários e regalias sem interferência do presidente da republica.

Enquanto todos os Angolanos querem ser “deputados que ganham mal”, mas nunca renunciam aos cargos por “patriotismo”, mas uma loja do Sequele trocou todos os Angolanos por Malianos pois o dono estava cansado dos esquemas das funcionárias Angolanas.

Essas pessoas, com o Ekuikui, não percebem que esta maneira de fazer política do tudo ou do nada terá como efeito, a longo prazo, tornar a democracia impossível em Angola.

Porque a definição correta da democracia é a livre escolha de seus dirigentes. Mas, na verdade, é o direito de livre escolha e opções políticas. Ora, é impossível a pessoa ter a liberdade de escolher se a pessoa é incapaz de ter consciência da diferença entre as mesmas. Ou seja, se você não é capaz de perceber a verdade, e quando suspeitas que todos os participantes são oportunistas hipócritas, e que dizem apenas o que lhes convém.

Ora, esta forma de fazer política que procura criar agitação a todo custo, a todo preço, à custa da verdade, torna a democracia impossível, porque as pessoas não vão conseguir escolher se não têm a capacidade de confiar na veracidade das escolhas disponíveis. Se acham que tudo que se diz é uma forma de sofistica de tentar criar indignação por meio da demagogia.

Algumas pessoas no X reagiram contra as muitas criticas feitas contra o Ekuikui, dizendo que eram injustas porque ele não é gestor publico.

Não é ataque, mas critica com o argumento que a UNITA está a ser hipócrita e oportunista Por não ser gestor público mesmo que devemos criticar o Nelito e a UNITA, sem a arrogância do poder podem nós ouvir mais facilmente e influenciar o MPLA por contágio, afinal são as pessoas que mais passam tempo com eles.

Jornal Expansão ou Depressão ?

O Jornal Expansão deveria mudar o seu titulo para Depressão, pois parece que seu titulo tem sido fomentar e espalhar uma visão negativa de Angola. Claro que isto poderia ser uma mera questão de ênfase editorial, um direito legitimo de qualquer publicação, sendo que seria então responsabilidade outra publicação dar a outra parte da historia, o que levaria o leitor de ambas a ter, milagrosamente, uma visão justa da realidade. Porém o que o Jornal Expansão recusa-se a prover, dentro da noticia individual, a informação necessária.

O Jornal Expansão é uma operação de propaganda Activista Negativa, disfarçada de jornal económico.

E este texto, que escrevo ao longa das minhas descobertas, vai catalogar os piores exemplos

Pelo menos 1.500 imóveis sem rasto de comercialização e titularidade. 14/12/2023

É um exemplo clássico de apresentar ao leitor a noticia apenas de ponto de vista pessoal, afinal para uma pessoa 1500 casas é quantidade enorme, a maioria das pessoas tendo apenas uma casa, porém a verdade é que representa apenas 5% dos 30.000 apartamentos das duas centralidades, Kilamba e Sequele, sendo que do ponto de vista de cima a apreciação justa da informação seria : Apenas 5% dos imóveis estão em situação irregular.

A informação decisiva não é nos parágrafos inicias, e se estiverem na versão completa do artigo, que não irei comprar, isto não muda o efeito do artigo, pois a maioria das pessoas lera apenas o titulo e os capítulos inicias.

Repetição Negativa, 14/12/2023

A primeira linha esta resumida e da a informação necessaria, porem a repetem na segunda linha. Porque ? Aqui o objetivo não é informar, mas formar um sentimento negativo O paragrafo introductoria é tambem um exercicio em negatividade usando-se de coisas que não são relevantes.

O tempo do leitor é relevante, e maioria não lê a notícia até ao fim, repetir a informação, e depois depreciar uma medida a que é diferentee irrelevante (afinal quantos são funcionários públicos?) logo na introdução mostra que é uma moldagem de opinião

The 100, notas sobre politica e o processo criativo.

The 100, notas sobre politica e o processo criativo.

A serie “The 100” é uma serie de ficção cientifica sobre os sobreviventes de um holocausto nuclear, que achei interresante pelo processo criativo e por ser quase um guia de politica pratica.

O processo criativo.

O processo criativo desta serie é interresante pois esta foi adaptada de um livro que nem sequer tivera sido publicado, pois estando apenas no processso de revisão editorial o estudio CW comprou os direitos de adaptação e usou a premissa para criar algo radicalmente differente. A autora, Kass Morgan. realmente sortuda por conseguir rendimento e publicidade gratuita de seu livro antes de ser ter lo publicado, contou a historia de um triangulo amoroso que decorre durante um apocalypse, enquanto que o Estudio criou uma historia que lida com problemas de politica, lealdade, guerra e o sentido da vida. Seria facil dizer que isto aconteceu porque a autora é uma mulher e por isto teve um foco romantico, porem isto não seria verdade, na verdade as proprias dinamicas do processo creative levaram a estes caminhos radicalmente diferentes.

Vejamos, a autora estava a escrever seu primeiro livro em seu tempo livre, tendo um trabalho normal, escolheu como publico os jovens adultos, e por isto escolheu uma historia simples e que poderia escrever de maneira breve, não só para não aborrecer o leitor como que para se permitir de acabar o livro, pois o primeiro é sempre mais difficil. Um contra exemplo seria o Tolkien, que simplesmente abraçou sua paixão levou o seu perfectinismo ao ponto de morrer sem acabar seus livros, sendo que seu filho precisou de uma vida para completar esta tarefa.

Em contraste o Estudio tinha a sua disposição uma equipe completa escritores trabalhando a tempo inteiro, uma medida directa da reação do publico, e um formato que permite contar uma historia mais longa, tendo a sua disposição 100 episodios ao invés de 4 livros, sendo que pode usar todas as posibilidades do universo criada pela autora. Claro que teve um certo incentivo perservo de procurar contar “uma grande historia” e procurar surpreender a audiencia, que pode levar a narrativa a tomar giros que não são naturais, ao meu ver a conclusão logica da historia foi a fuga dos sobreviventes da terra para o planeta Santurum depois do McCreary ter destruido o vale, mesmo que tinha vontade de ver como que iriam reiniciar a humanidade, mas o produtor da serie teria sido tolo de deixar escapar uma audiencia interresada e aqui vemos como que o sucesso pode influenciar o processo criativo. Não creio que vou assistir as duas ultimas temporadas, além de um simples desejo de conhecer mais deste universo.

Um guia da politica.

A seria faz um excelente trabalho de mostrar como funciona a politica, estando no ramal da realidade longe do idealismo perfeito de Tolkien, aqui os lideres não o são apenas porque tem um poder determinado por sua natureza, uma qualidade quase magica que obriga seus subalternos a obedecer, e muito menos estamos no lamançal de cinismo exagerado de Game of Thrones em que as pessoas são má e fazem tudo por instintos rasos, no “The 100” as pessoas exercem o Poder porque é a unica forma de salvar sua comunidade, não só dos perigos exteriores mas também os internos, das contradições de seus subalternos divididos em fações, cada grupo temendo o outro por motivos racionais ou iracionais, agindo na base da pouca informação que tem ou por temerem que seu grupo não usufrua dos recursos limitados disponiveis neste mundo post-apocalyptico. Na primeira temporada uma fação na Arca tenta matar o Presidente Jaha de modo a tomar controle do processo de retorno a terra, pois sabiam que não havia capsulas espaciais suficientes para todos abandonar a estação espacial, e tendo de escolher entre sua gente e outra, escolheu a si primeiro. Em contraste quando Octavia escolhe ser imparcial e abandonar 1/3 de seu povo a tempestade nuclear, quando os poderia ter priorizados e ainda ter salvo parte dos terrestres, ela acabou tendo de lidar com uma facção dissidente apesar de tentar unir todos pela ideia da luta contra o inimigo comum, a morte, como disse Jaha. Isto demonstra que a qualidade individual do leader não é suficiente para superar contradições reais, neste caso cansaço dos sobreviventes com a violencia, sendo que Octavia precisava dar resposta aos seus problemas materiais reais, falta de comidade, e imaginarios, na forma de legitimidade, que para os terrestres deriva de dois factores reais, nomeadamente a memoria e o ritual. A memoria é um factor essencial da experiencia humana, pois somos capazes de pensar o mundo inteiro enquanto que temos uma vida limitada, sendo que preenchemos o vazio criado pela ausencia de memoria com a nossa imaginação, sendo que não consiguimos viver apenas no momento como animais, sendo que isto é simbolizado na serie por meio de um equipamento de memoria artificial que permite ao Commander/Heda de ter acesso as memorias de todos os outros comandantes anteriores, sendo assim mais sabio que os outros. Isto éapenas uma forma simbolica de representar a erudição, seja ela criada por meio da tradição oral ou escrita, que permite a um homem viver mais que uma vida e por isto estar acima da media. A necessidade do ceremonial, como instrumento de fomento de ordem no mundo, esta presente na serie, sendo que os sobreviventes terrestres criaram rapidademente mitos e lendas para lidar com o mundo a sua volta, explicar seu lugar e seu destino, mesmo que de forma incompleta. Existem homens animais nesta serie, os reapers, que vivem literalmente pela proxima dose de droga dada pelos homens da montanha.

A serie faz um bom trabalho de mostrar varios destes scenarios, as vezes invertendos os papeis, e cumpre assim um dos papeis da fição: Nos dar varios mundos posiveis em que podemos viver scenarios diferentes sem risco de vida.

Concluindo, recomendo a serie, que tem uma historia agradavel, sem muita programação subliminar, excelentes actores, porém não vou provavelmente não irei ler os livros.

VHM e o activitismo de Elite

Dezenas de internautas ficaram surpresos ao descobrir que Victor Hugo Mendes (VHM) é o sobrinho do Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, porém isto para mim não é surpreendente, afinal várias dezenas de activistas são membros daquilo que podemos chamar de Elite: pessoas cujo o grupo social acumulou capital suficiente para que possam se libertar das preocupações inerentes a sobrevivência e tem tempo livre para se dedicar ao estudo e a erudição.

Não é surpreendente que estás pessoas possam não concordar com as opiniões de seus parentes e amigos, ou de modo geral sua classe. Está assunto não me interessa por anti-elitismo ou questão de lugar. Sendo que a relevância deste fenômeno, do Activista oriundo da Elite, que vou chamar de Elitorino, está na motivação e nos incentivos em jogo, que são similares ao activista da diáspora, que chamarei de Diasporino, resultando no mesmo resultado negativo para a sociedade.
Do ponto de vista dos objetivos, o Elitorino e o Diasporino partilham o mesmo desejo de busca pela notoriedade porque não conseguiram sobressair no seu grupo social, o Elitorino porque o Estado e o sector para-estatal tem um número limitado de vaga, e uma forte concorrência por parte dos plebeus que lutam como mil homens, enquanto que o Diasporino não consegue ascender em seu país de emigração por motivos vários, sendo que os dois vêem na defesa do “povo” e do “pobre” uma forma rápida de ganharem notoriedade. Porém o Elitorino tem uma segunda motivação que lhe é singular, quando faz oposição radical ao “regime” quando perde regalias por conta de mudanças políticas, como aconteceu com a Tchizé dos Santos. Nós dois casos o foco do activista não está na busca de soluções, para os problemas do “povo”, mas na busca da notoriedade, sendo que por isto que adoptam um discurso incendiário e radical, incentivados pelo facto que eles não vão sofrer as consequências e os custos do mesmo, o Elitorino porque sua família e grupo social acumulou capital (financeira e social) e social suficiente para ele não precisar trabalhar e o Diasporino porque simplesmente não vive em Angola. Sendo por isto que o voto da diáspora é fundamental anti-democrático.

Leiam: https://roboredo.home.blog/2021/06/08/direito-de-voto-para-a-diaspora-uma-novidade-antidemocratica-para-angola/

O segundo problema com o fenômeno do Elitorino está no facto de ser um desperdício de capital social, pois estes deixam de desempenhar funções na sociedade que precisam de pessoas de elite, pois são as únicas que tem tempo livre suficiente para . No caso de Victor Hugo Mendes décadas de estudo que criaram um excelente comunicador foram desperdiçadas na produção de “um livro de pensamento” francamente ridículo e um “activismo” que se resume a repetição do senso comum.

Isto me diz que a Elite Angolana não tem a autoconfiança de abraçar o seu destino, sendo que a arrogância decorrente do dinheiro ou do poder arbitrário não é suficiente para preencher o vácuo, sendo que por isto buscam a aprovação das massas, talvez também por conta da ideologia dominante marxista que tem o pobre como um santo oprimido e o rico como o malvado opressor.

Lula, Corrupto, charlatão e ditador favorito dos Democratas de Angola.

As mesmas pessoas que dizem lutar contra a corrupção e pela Democracia em Angola, gostam de se auto-denominar activista, estão a aplaudir o Lula quando pelas palavras proferidas em conferencia de imprensa, dizendo que a imprensa de Angola era mansa e que “não era normal nascer e morrer pobre em um pais rico”, quando o Lula não tem legitimidade para sustentar nenhuma de suas criticas e muito menos o direito de ser presidente do Brasil. Porém para os Activistas a verdade não existe, o que importa é criticar sem parar e usar tudo que for útil para chegar ao Poder, mesmo que tiverem de sujar a imagem de seu próprio Pais e engolir os insultos de um condenado.

Sergio Piçara captura a visão popular do episódio.

Vejamos, por parte em boa ordem, Lula é um bandido condenado, tem menos legitimidade que João Lourenço, e existe menor liberdade de imprensa no Brasil do quem Angola.

Primeiro, o Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, tendo recebido propinas da Odebrecht e é suspeito de ser o líder do esquema de corrupção do “mensalão”, um dos maiores da historia do Mundo. Porém a corte Supremo do Brasil, em um claro acto de corrupção judiciaria, simplesmente anulou as sentenças que pesavam sobre o Lula, nem se dando o trabalho de provar a inocência do Lula, seja por vicio ou ausência de prova.

Segundo, o Lula tem menos legitimidade que o João Lourenço, primeiro porque sendo um bandido condenado nem deveria ter o direito de concorrer a eleição presidencial, segundo porque o Lula nem sequer é o verdadeira Líder do Brasil, sendo por isto a sua candidatura uma fraude, pois o poder real são os ministros da Corte Suprema que tomaram o controle do pais ainda dentro do mandato de Jair Bolsonaro, enquanto que em Angola, por mais que possamos discordar das medidas de JLO sabemos que ele é quem esta a tomar as mesmas e podemos os responsabilizar pelas consequenciais.

Terceiro, existe mais liberdade de imprensa e de expressão em Angola do que no Brasil, aonde jornalistas e deputados são presos por falar em destituir os ministros do STF, em que é crime passível de perca de multa, prisão e perca de direitos políticos.

Basta ver o caso do jornalista Wellington Macedo, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), consta como réu no Inquérito 4.879, que investiga a organização e o financiamento às manifestações a favor do governo federal no dia 7 de setembro de 2021. Também o Oswaldo Eustáquio foi Preso por três vezes, influenciador bolsonarista volta a criticar o STF, do mesmo modo que o filho de subprocuradora-geral da República, advogado Cristiano Caiado de Acioli, Brasileiros apagam seus videos no Youtube por medo das investigações contra blogueiros, youtubers, empresários e parlamentares autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o Deputado Deputado preso por defender a destituição de ministros do STF, apesar de ter o direito a inviolabilidade de palavras, opiniões e votos segundo a constituição.

A própria imprensa Brasileira é cúmplice do esquema que levou o Lula no Poder, sendo muito mais “bem comportada” que a Angolana, tendo por exemplo ocultado a existência do Foro de São Paulo, é a coordenação estratégica do movimento comunista na América Latina que visa impor esta ideologia aos povos do continente, as ligações entre o PT e o Narcotráfico , o crime em geral que tem como vitima o povo, como se pode ver no excelente documentário, em cinco partes, “Brasileirinhos 5 Parte 1 (Nego é Mau)” que esta no Youtube.

São por estas contradições, além do cansaço da população com a política do Lula de protecção dos criminosos, que “roubam telefone para comprar cervejinha”, que levaram o povo a votar em Jair Bolsonaro, denunciado em rádios Angolanas como um “fascista”, com um radialista a exigir do governo Angolano que expulsasse todos os Brasileiros que votaram em Bolsonaro.

Porque que João Lourenço não deu ordem que se expulsasse o bandido condenado assim que abriu a boca ? Porque esta a prestar um favor ao seu velho amigo, afinal o Partido do Lula é um grandes apoios do MPLA, jogando o papel do Ditador Africano que deve receber lições de Democracia do Grande Lula, de modo a criar orgulho no publico brasileiro, ajudando o povo Brasileira a esquecer o golpe que levou o Lula ao palácio da Alvorada e o STF ao Monopólio sobre o Poder real, e não apenas formalizado por cargos publicos.

Se Angola fosse o Brasil, os Activistas e Opositores Angolanos teriam sido multados, presos e ter os seus direitos políticos revogados por questionar o resultado das eleições.

Não se trata de uma mera questão de hipocrisia, pois a natureza do poder é a capacidade de ser arbitrário, sendo que o mesmo judiciário que não decretou uma condenação sequer para os eventos de Maio de 2017, quando 35 mil esquerdistas depredaram prédios do governo federal em Brasília, sob o governo Temer, agora condena pessoas por 17 anos de prisão pode passear dentro de um edifício publico, em uma copia directa do “golpe”do 6 de Janeiro dos EUA, em mais um sintoma da Americanização do Brasil.

Como vou ter confiança na luta pela democracia de quem é incapaz de reconhecer , por mera conveniência e preguiça, um tirano ?

Qualquer um pode ganhar dinheiro com a fama.

Qualquer um pode ganhar dinheiro com a fama.

No programa Ela e Ele, da TV Zimbo, sobre o tema “Ser Famoso em Angola”, a Jessica Pitbull disse que “Esta pouca vergonha destes discursos de que a fama não é nada, a fama leva sim a lado algum. A fama dá dinheiro sim e os artistas em angola serão milionários. Porque as coisas vão mudar. Até esses empresários daí do #bunguelebangue também não vendem nada, não estão mesmo com nada”. Ela fala com a convicção da matumba que se acha PhD.

Vídeos para referencia:

A “Fama” significa ser conhecido por algum talento por um publico amplo com pessoas disponíveis, os fãs com tempo e dinheiro, para interagir com o famoso, seja para se divertir, para suprimir uma necessidade emocional, como sentir-se poderoso por ajuda alguém que é importante para comunidade, ou para usar a fama para vender seu proprio produto, seja directamente por meio de contact individual com so fãs ou por publicidade. Estamos diante de uma simples dinamica de mercado, em que cada canditado a famoso esta a competir pelo mesmo numero de possiveis fãs multiplicado pelo dinheiro que eles tem disponivel para se divertir. Sendo que o mercado Angolano é pequeno porque o numero de pessoas disponiveis é reduzido, sendo que apenas empresas com ampla clientela, como a Cuca e a UNITEL, conseguem angaria recursos da massa de consumidores pobres para transmitir este dinheiro aos famosos de seu gosto.

A ideia de fama se reduziu se reduziu apenas ser conhecido pelo publico, mesmo que seja por maus motivos e ausencia de qualque talento, fenomeno exarcerbado pelas redes sociais que que permite criar micro celebridades por meio da viralidade.

A Viralização significa que há uma fonte quase infinita de famosos a baixo custo, do ponto de vista do consumidor, sendo isto reduz ainda mais o incentivo do consumidor gastar dinheiro com famosos individuais, além de que a propria dinamica da viral que tem pouco tempo para monetizar a fama. A possibilidade de ser conhecido por muitas pessoas em pouco tempo é uma ilusão que atrai muitas pessoas, agora tens famosos por benevolência com TikTok.

A própria noção de Fama subentende perenidade, que requer trabalho, não precisa-se de muito esforço para um Angolano reconhecer o Sebem mesmo 10 anos depois de sua morte, agora quem lembra da sétima tiktokeira que bateu em Janeiro ?

Há milhares de sub celebridades que não vão a lugar algum com a fama, seja por música ou outra coisa, daí o conselho da Frank: tenha um trabalho e faz música como hobby.

Se tiveres um hit, podes tentar construir carreira e tentar monetizar a fama, caso contrário trabalhe e continua tua vida.

O mercado português é maior que o Angolano, e ainda assim o mercado tem um número limitado de lugares disponíveis, parte dos músicos são pessoas que não precisam de viver da música (herdeiros, trabalham ou se contentam com pobreza) da a ilusão de muito dinheiro disponivel.

Quem saiu do zero de ilude com um pouco, talvez seja este o caso da Jessica, mais o número de pessoas que não ganham algo com fama é maior do que os que “vivem da mesma”, lembre o DJ lolo a chorar que a música dele teve sucesso sem que ele conseguisse recuperar o dinheiro gasto na sua promoção.

Qual é a proporção da renda de cada fã que deve ser transmitida ao famoso para que tenha uma vida de classe media, uma vida de famoso com todos os luxos inerentes, para viver fora do Pais ?

Claro que é possivel que famoso pode recorrer a uma pessoa politicamente connectada e firar palhaço do circo de alguma campanha eleitoral, mais quantos famosos os Partidos precisam para atingir o seu objetivo de comunicação ?

Resumindo, estamos diante de alguém que não tem a inteligencia de perceber que a sua situação pessoal não é generalizada, até porque quando a jarda e os seus da Jessica cairem, ela vai descobrir que não era famosa por cantar, mas por ser uma gostossa de uso publico.

Quando a Jessica Pitbull fala em “patrocinios”, apenas demonstra que não tem a inteligencia de perceber o seu papel no mercado, acha que as pessoas lhe devem favores, alias atitude muito difundida entre mussicos Angolanos no fim de carreira, que lamentam que “não recebem ajuda” apesar de terem proporcionado alegria ao povo, quando receberam remuneração pelo entretenimento que proporcionaram no auge de sua fama.