Geopolítica Provinciana Angolana: Conferencia de “Paz”

Cesar reduziu isto a uma questão sentimentos feridos, com um JLO Afrocrata a defender a honra de seus “colegas de raça negra”, o que esta muito longe da verdade, mas esta próximo da tradição de Geopolítica Provinciana Angolana.

JLO advoga por uma solução negociada, não pode ir a conferencia de paz sem a Russia estar presente.

Russia não foi convidada para a “Conferencia de Paz” de Zelensky e esta define “paz” como vitoria militar da Ucrania, sendo por isto uma conferencia de aliados na busca de uma derrota militar de Moscovo que traga “paz” , o que JLO não pode aceitar pois advoga uma paz negociada que incluiu a Russia.

Ao discursar na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, João Lourenço disse que há que “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO”.

Mais um exemplo de geopolítica provinciana Angolana.

POR QUE JOÃO LOURENÇO REJEITOU O CONVITE DE ZELENSKY?
JLO disse “NÃO” ao convite de Zelensky, mas…
Bem, Zelensky está a realizar uma série de conferências, as denominadas “Conferências da Paz”.
Com essas conferências, ou melhor, nestas conferências, Zelensky convida os seus amigos para discutir assuntos relacionados com a injustificável invasão da Rússia à Ucrânia.
Com isso, Zelensky pretende apresentar a sua visão e ganhar a simpatia do mundo e, consequentemente, conseguir apoio.
Foi com esta intenção que Zelensky convidou o presidente de Angola, João Lourenço, porque Zelensky sabe que, à partida, o presidente angolano, JLO, tem dado sinais claros de que já não está alinhado com o seu aliado de longa data, a Rússia.
E, sim, de facto, Angola de João Lourenço afastou-se da Rússia – e ainda bem.
Mas Zelensky esqueceu-se das ofensas que o seu governo fez aos líderes africanos.
Foi em 2023, quando a União Africana (UA) enviou a “Troika” – órgão da UA que trata dos assuntos da paz em África.
Naquele ano, a UA investiu muitos recursos e enviou uma equipa com os presidentes da África do Sul, da Zâmbia, do Quénia e o então presidente da União Africana (UA), o mr. Azali Assoumani.
Essa equipa foi até à Ucrânia, apresentou a solidariedade dos povos africanos aos ucranianos e também um projeto de paz e, depois, passou pela Rússia e disse a Putin: “Chega”.
Mas, dias depois, o amigo direto de Zelensky, quando questionado sobre a visita dos líderes africanos à Ucrânia, não hesitou e disse: “Eles não entendem nada sobre isso, eles vieram pedir comida”.
Foi uma grande falta de respeito à soberania das nações africanas, como sempre.
E claro, os líderes ouviram, analisaram, mas não quiseram levantar muita poeira em volta do assunto, com a exceção do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que, dias depois, deu um “reto” verbal a Macron: “Nós não estamos aqui para mendigar, respeitem-nos!”
É nessas condições que JLO aproveitou para dizer “NÃO” ao convite de Zelensky.
JLO mostrou a Zelensky que: “Ele não está com a Rússia, mas também não são amigos”. Apenas isso.
“E até lá, estou-me nas tintas”.

César Chiyaya, @cesarchiyaya no Twitter (X)

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